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Mercedes bebe os goles de café tendo Roberto ali a olha-la.
- Você não mudou nada.
- Pare Roberto, não quero enganos.
- Quem está enganando?
- Falsos sentimentos.
- Mercedes, eu não sei o que passou nestes anos, mais você nunca saiu da minha mente.
- Nosso tempo já...
- Pare agora, ainda temos tempo para muitas coisas.
- Bem, obrigado pelo café, acho melhor continuar na procura.
- De quê?
Roberto segura a mão de Mercedes.
- Olhe Roberto ja não sou aquela jovem que viera do interior do país, criada no mato, passei por muitas coisas, tive minha filha.
- Nossa filha.
- Que seja, o caso é que fiquei sim feliz em te ver, porém vi que não mudou nada, continua sendo o playboy de antes.
- Como assim Mercedes?
- Você me agrediu Roberto, me atirou no chão lá no salão, não quis ouvir o que eu tinha para lhe dizer e ja foi me humilhando.
- Eu estava com muita raiva, entenda.
- Todos temos nossos maus momentos, eu também fiquei e estou chocada com o que aconteceu a sua neta.
- Meu Deus, não imagina a gana que estou para arrebentar aquele muleke.
- Esta vendo, esquece, ele é um sobrinho, afilhado, fez errado, sim, então faça ele pagar na justiça mais não o mate, por favor.
- Ela não quer denuncia-lo.
- Chega Roberto, veja só, você continua o mesmo.
- Me perdoe Mercedes.
- Olhe tenho que ir.
- O que esta acontecendo?
- Me deixe Roberto, deixe-me como você fez no passado.
- Temos uma filha linda.
- Sim nisso você tem toda razão, pode procura-la quando quiser eu ja falei de ti para ela.
- Posso mesmo?
- Sim, faça isso por favor.
- Obrigado Mercedes, como sempre generosa e gentil.
- Pegue o número.
Mercedes entrega para ele o número do celular de Helana e se despede.
- Quando nos veremos Mercedes?
- Deixe o tempo ditar as regras como teve sempre o feito.
- Não, por favor não, este tempo ja nos fez tanto sofrer.
- Roberto preciso seguir meu rumo.
- Vai deixar o salão?
- Sim.
- Onde vão morar, venham comigo para minha casa.
- Adeus Roberto.
Mercedes sai dali deixando Roberto a seguir com os olhos até ela lhe sumir das vistas.
- Hermes.
- Sim dr.
- Descubra tudo que for sobre esta situação.
- Sim dr.
- Quero para ontem.
- Pode deixar dr.
Mercedes anda em imobiliárias e bares á procura de alguma indicação de moradia até parar em um bar onde uma mulher loira, já de idade lhe diz de um lugar num beco ali próximo.
- Obrigado senhora.
- Dalva, querida.
- Obrigado Dalva, me chamo Mercedes.
- Legal.
Ela vai até o lugar, um cortiço com várias hedículas de 3 e 2 peças, somente 4 banheiros para todos ali, 5 tanques e 4 pias de lavar as louças no centro do terreno.
- Quanto é o aluguel?
- Como foi indicação de Dalva te faço por 300.
- Trezentos?
- Sim, primeiro mês aqui na minha mão na hora, só tenho aquela ali desocupada.
- Eu fico.
Mercedes paga a um homem negro, baixo, olhos grandes e cara de poucos amigos.
- O nome do senhor é...
- Me chamo Carlos.
- Obrigado senhor Carlos.
- Olhe não quero bagunças e tampouco brigas neste lugar.
- Fique tranquilo não somos disso.
- Somos?
- Ah, sim, será eu e minha filha, um sobrinho também.
- Três pessoas?
- Na realidade duas, mais algo me diz que ele vai querer vir com a gente.
- Bem, como disse não quero problemas.
- Sim senhor. Mercedes estranha o modo como Carlos a olha.
- Então...
- Fique tranquilo, todos trabalhamos e não terá problemas com a gente.
- Assim espero.
O homem sai deixando a chave com ela, ao abrir a porta, um cheiro forte de urina e fezes, gatos escapam por uma janela quebrada que dá acesso aos fundos do terreno, marcas de velas coloridas no chão, alguns palavrões escritos nas paredes.
- Meu pai nos proteja nesse lugar, santo Deus.
Mercedes faz ali uma prece, sente algo leve rodear o lugar e assim termina de averiguar tudo ali.
No salão Helana ali ouve tudo que sua mãe lhe diz.
- Então o lugar é meio barra pesada?
- Sim, mais faremos o possível para nos acostumarmos.
- Claro mãe, a gente é forte, ja passamos por tantas.
- Sim filha.
- Quando a gente muda?
- Amanhã.
- Que bom, não vejo a hora de sair deste lugar.
- Sim querida, finalmente vamos fechar mais um ciclo nessa vida.
- E vamos ser felizes.
- Sim querida.
Helana abraça a mãe que sorri para ela.
Tiago gosta de saber que elas vão mudar, porém fica triste em ter de ficar ali.
- Ja sei, eu vou morar com vocês.
- Mais Ti.
- Esta decidido a não ser que vocês não queiram, mais eu quero ficar com vocês.
- Você tem de ficar e cuidar do seu tio.
- Por favor me deixe ir com vocês.
Mercedes olha para o rapaz e não consegue, vai ter com Nestor.
- Se ele quer, o que posso fazer.
- Obrigado Nestor.
- Só não esqueça, recomeço nunca é bom, o próprio nome ja o diz.
- Eu sei.
- Vocês bem que podem continuar aqui, eu tolero aquela sua malcriada de filha.
- Pare Nestor, não aceito que trate assim Helana, nós demos nosso sangue para ti.
- Foi pouco.
- Olhe Nestor, vou relevar tudo que diz, você ficará bem aqui?
- Sim, porém como vão levar meu sobrinho, as cooisas mudam.
- Como assim Nestor?
- Terão de Trabalhar aqui por uns 6 meses.
- Você ja tinha isso em mente, seu velho esperto.
- Oras sou filho do comércio.
- Tudo bem Nestor a gente trabalha, mais terá de nos pagar.
Após quase uma hora de discussão eles chegam a um acordo e Mercedes aceita a proposta de Nestor.
- Mais mãe já estamos indo para não ter mais que ve-lo.
- Não podemos deixa-lo na mão.
- Tá certo, ele vai pagar bem?
- Nos dará 2 salários e parte dos salgados será nosso.
- Não é tão ruim assim.
- Filha temos aceitar, afinal seremos 3 e não podemos recusar trabalho.
- Sim mãe, o Ti, esta meio confuso ainda.
- Pois é, mais ele virá e a gente vê o que faremos.
- Certo mãe.
Roberta ja esta pronta para ir a Rave com Murilo, diz ao vô que vai passar a noite e o dia na companhia de Jenifer que vai visitar uns tios em Machado SP.
- Tudo bem.
- Obrigado vô.
Assim que ela sai, ele chama hermes por celular, logo o motorista entra.
- Fique de olho com certeza ela esta conhecendo um outro cara.
- Dr.
- É minha neta, mais já é mulher, esqueceu.
- Mas.
- Me informe, daí decidirei o que fazer.
- Tudo bem.
Hermes sai, Roberta já o espera frente a mansão.
- Para onde senhorita?
- Para a casa de jenifer.
- Sim.
- Hermes.
- Sim senhorita.
- Por favor não conte a meu avô.
- O quê patroa?
- Vou ver um rapaz.
- Patroa.
- Hermes, o rapaz é legal, trabalhador, não me causara mal.
- Quem sabe senhorita.
- Hermes.
- Tudo bem.
Ela entra no veiculo que sai, mais ela sabe que hermes é extremamente fiel a seu avô e com certeza contará para ele e ainda lhe prestará apoio se for preciso.
A Rave esta bem agitada, muita gente bonita, bebidas, músicas altas, Jenifer se perde na pista com Jonas que acabou indo para fazer companhia a moça, pelo jeito se deram muito bem.
Roberta sempre em grude com Murilo e logo beijos e amassos ali, ela de certa estranha o fato dos rapazes não fazerem a famosa fuga para drogas, somente bebem muito.
- Você é bem forte para bebidas?
- Sim, eu e o Jonas somos meio que acostumados com bebidas.
- Nossa.
- Os pais da gente sempre tiveram bebidas de fácil acesso, como vivem sempre fora de casa, a gente fazia nossa festinha entende?
- Deveria ser bem legal.
- E era. Risos.
Jenifer vem a eles com Jonas tragando cigarro, Murilo não gosta daquilo e joga o cigarro do irmão no chão.
- Qual é seu louco.
- Eu é que pergunto, quer terminar igual ao nosso vô, babaca.
O rapaz baixa a cabeça e sai, Jenifer olha para eles e sorri seguindo Jonas.
- Por que disso Murilo?
- Nosso vô, morreu há 3 anos, câncer no pulmão.
- Me desculpe.
- Ele e eu acompanhamos tudo, ele sabe muito bem como foi barra pra gente.
- Imagino.
- É horrível, ver o cara mais legal deste mundo ali se definhando.
- Cara, vocês passaram por uma hein.
- É a vida ás vezes nos ensina, aprende os conscientes..
Roberta olha o rapaz ali contido em sentimento, silencioso, o abraça e logo eles se beijam com eternos namorados.
- Te amo Roberta.
- Muito cedo.
- Pra quê?
- Para expormos nossos sentimentos, somente curte.
- Curtir?
- Claro, somos jovens, somos assim, vivos.
- Você é bem louquinha.
- Obrigado.
- Nossa você é um doce.
- E você, super gata.
Jenifer abraça mais forte o garoto que corresponde.
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Roberta ali tirando a roupa de Murilo dentro do carro dos pais dele, o rapaz, respiração lenta.
- Roberta.
- O que foi, você não quer?
- É o que eu mais quero.
- Então pronto, só curte.
- Você é bem sexy.
- Você é um gato.
Logo o rapaz aos beijos, mordidas a despe e ela sente as estocadas do rapaz que a trata com extremo carinho, cuidados, ela até sente um leve romantismo porém o que tem em seu íntimo é um vazio repleto e ali lágrimas rolam de seus olhos enquanto Murilo em sua pouca experiência imagina ter atingido o ápice dela.
A doce ilusão de um falso amor é consumado.
Ela termina de abotoar sua blusa, Murilo toma um refri em lata, enquanto acaricia a face de sua querida.
- Nossa você é ótima, tão linda, tão macia.
- Você é um fofo.
- E agora a gente...
- Continua no mesmo, não se iluda, sou a mesma.
- Te amo.
- Por favor Murilo, a gente só tá ficando.
Jonas vem até o carro junto de Jenifer que também tivera um momento de intimidade com o rapaz que devido as circunstâncias terminou rápido a sua performance com a dama, fazendo ela ter de dar o findo em si própria.
- Vamos gente.
- Sim.
Roberta olha para o casal, Jenifer segura a mão de Jonas que brilha os olhos de felicidade a sua gatinha.
- Vocês estão juntos mesmo?
- Sim. Jonas responde alegrissimo.
- Agora somos namorados.
Murilo fica alegre ao ouvir aquilo e deseja felicidades ao casal, Jenifer pergunta sobre eles e Roberta diz.
- Nós estamos e continuarem só ficando não é Murilo?
- Sim, meu bem.
- Pronto, vamos seguir.
- Mais logo deixaremos sério nosso relacionamento.
- Não, por favor Murilo não decida por alguém que ainda não quis.
Tiago ajuda Mercedes e Helana carregando as cooisas para o caminhão que Nestor arranjou para fazer a mudança deles.
- Tem certeza, não quer ficar sobrinho?
- Não tio, mais nos veremos todas as noites.
- Com certeza filho.
Helana vai até frente ao homem.
- Bem de minha parte, pode ficar tranquilo, não tenho vontade de voltar para este lugar.
- Sua mãe não lhe disse, terão de continuar a trabalhar aqui.
- Sim, mais eu já disse que não faço parte desse acordo.
- Tudo bem, melhor assim, pior é ter você com essa cara em raiva, vai espantar todos so clientes da casa.
- Tchau.
Mercedes vem até ele.
- Nestor desculpe ela, sabe como é, quanto ao carro da mudança depois a gente...
- Fique tranquila, é presente meu, pronto.
- Obrigado Nestor.
- Olhe tivemos péssimos momentos, mais também tivemos bons.
- Nunca vou esquecer o que você fez por mim, jamais.
- Pare com isso, ainda nos veremos por muito tempo.
- Vai ficar bem?
- Fique tranquila, já estou arrumando alguém.
- Nestor, juizo hein.
- Isso nunca, tenho que continuar assim. Risos.
Mercedes abraça e beija o homem na face que enche os olhos.
Helana olha a cena e sente um toque no peito, afinal aquele homem a cuidou e deu a ela tudo que tem até ali, estudos, alimentos, roupas, enfim, além disso ele nunca levantou a mão para ela, olha que Helana fora uma daquelas.
- Vem aqui, seu velho bobo, eu também gosto de você.
Nestor chora, Helana também, Tiago e Mercedes junta-se ao homem abraço coletivo.
A chegada ao beco traz a realidade, uma nova fase, Mercedes cumprimenta as pessoas ali, várias crianças saem das casas, pés no chão, algumas moças saem com make fortes, roupas curtas e decotadas, olhando para Tiago com certo foque sensual.
- Pelo jeito vai se dar bem aqui hein Tiago.
- Por que diz isso Helana?
- Olha só como as moças daqui te olham. Logo aparecem os rapazes, roupas largas, calças a cair, cordões de efeito dourado, Helana disfarça o olhar e segue junto da mãe.
- Mãe.
- O que foi?
- Eu não vou ficar aqui sozinha, jamais.
- Nem eu iria deixar né filha.
- Ainda bem.
- Teremos de arrumar algo para ti, enquanto estamos no salão.
- Sim, por enquanto eu vou junto e fico a cuidar das roupas do velho.
- Tudo bem, se ele deixar.
- Tá.
Tudo no lugar e eles vão até o bar de Dalva, após as apresentações, Mercedes toma cerveja, Tiago e Helana ficam no refri.
- Sobre o trampo para a sua filha, tente no Hiper atacado da rua de cima.
- Será que terei sorte?
- Mandaram algumas moças embora, furto, com certeza eles a contratarão.
- Meu Deus.
- Mulher aqui é o mais acontece, oriente a sua filha para não ficar de papo com aqueles caras lá do beco.
- Isso eu fico tranquila, minha filha é bem ajuizada.
- Que bom. A mulher olha para Helana e isso não a deixa confortável.
Roberto termina uma reunião com novos compradores, Hermes espera a saída destes para entrar.
- Diga.
- Aqui esta.
Ele pega da mão do motorista o dossiê sobre a situação atual de todos do salão.
Ao virar as folhas, seus olhos se tornam cada vez mais atentos.
- A situação do lugar esta péssima.
- Sim dr.
- Hermes.
- Sim.
- Apronte o carro vamos visitar Nestor.
- Sim dr.
- O que faz aqui? Nestor não trata bem os homens que passam para dentro do salão.
- Olá Nestor.
- Ja te perguntei, o que quer, sua namorada se mudou.
- Mudou, de certa forma eu ja suponha isso.
- Por que?
- Nestor, não somos amigos mais de certa naquele tempo você já era um tanto distante de emoção.
- O que quer dizer Roberto?
- Ela sabe, contou para ela que ficava a cuida-la enquanto ela trabalhava para a gente na mansão?
- Não sei nada disso vocês esta alem de velho, louco.
- Nestor você sempre nutriu um amor por Mercedes e o teve.
- Olhe Roberto, quer a verdade pois vou lhe dizer, na verdade quem sempre eu quis que me olhasse nunca me olhou.
- Como assim?
- Fale logo de uma vez, o que quer aqui?
- Estou á par da situação de seu comércio.
- Agora deu de ficar investigando a vida dos outros.
- Sim.
- Vá embora.
- Temos de conversar, ja te disse, tenho uma proposta para ti.
- Por favor Roberto, vá embora não stou em meus melhores dias.
- Vamos um acordo.
- Que acordo?
Roberto senta ali e convida a Nestor que faça o mesmo ele o atende.
- Te livro da sua dívida e você poderá até dar um novo visual neste seu salão.
- Por que disso?
- Em troca me deixará Mercedes só para mim.
- Ela já está livre, sempre esteve não entende, se ela não te procurou teve seus critérios.
- Entendo. Roberto tira um bloco do paletó e neste anota um valor entrega para o velho.
- Acho que esse capital dá para você revitalizar o lugar.
- Por que esta fazendo isso?
- Só a deixe, não quero mais ter que dividi-la.
- Sabe que ela ainda continua a trabalhar aqui?
- Quanto a isso não tem problemas, até por que se você a demitir ela ficará distante e ainda pode até desconfiar devido as mudanças que fará.
- Mudanças?
- Sim.
- Não vai me fazer de seu empregado, escute bem Roberto não sou seu empregado.
- Pare Nestor, isso somente é um acordo de homens adultos civilizados.
- E sua filha?
- Ja lhe disse, isso eu cuido.
- Por mim, tudo bem.
- Então estamos em acordo.
- Sim.
Roberto cumprimenta Nestor finalizando até sua ida, Nestor ali sozinho fica a pensar, logo seu celular toca, ele atende, um de seus fornecedores liga lhe diz que a dívida fora paga, após outros toques e mensagens e assim em poucos minutos, ele se vê livre das contas que o perseguia.
Ivan desce para a sala, onde um de seus seguranças o aguarda.
- O que foi, espero que seja algo sério, por que posso demitir gente.
- Por favor, me desculpe mais precisa ver isso.
O homem lhe passa um tablet e Ivan roda ali até que joga o aparelho no sofá.
- Como assim, de uma hora para outra.
- Ainda não sabemos, mais já enviamos alguém.
- Eu quero respostas. Ivan vira o sofá em um só golpe logo outro cara entra ali.
- Sr. O homem lhe passa um celular e ivan fala neste por um tempo depois desliga.
- Vamos fazer uma visita para aquele velho.
- Sim sr.
Mercedes chega do mercado junto de Helana, Tiago sai do quarto onde ficara para as duas ali, onde seria a sala, ficou para ele dormir.
- Aconteceu algo?
- Sei lá de repente, me deu uma dor de cabeça.
- Quer remédio?
- Isso, fui no quarto de vocês ver se encontrava algum da tia.
Mercedes mexe em sua bolsa, Helana vai pegar água para ele, Tiago desmaia.
- Mãe.
Mercedes segura o rapaz ali no chão, impedindo que ele bata a cabeça no chão.
- Corre Helana, chame uma ambulância.
- Sim mãe.
Nestor ali no quarto termina de dobrar a roupa de cama, ouve passos e ao olhar para trás, Ivan e dois seguranças ali.
- O que foi Ivan?
- Soube que pagou suas dívidas.
- Sim.
- Quem, como?
- Seu amigo, Roberto.
- Suspeitei.
- Agora me deixe em paz, não quero mais contato com a gente de sua espécie.
- Não é bem assim, temos um contrato.
- Que ja fora cancelado.
- Quem disse?
- Olhe Ivan, agora eu trabalho para o Roberto, entendeu ja disse a ele sobre os contratos, ja foi acionado os advogados, se prestar a atenção sua ou nossa dívida como diz fora quitada agora nada mais tenho com você.
- E a Mercedes?
- O que tem ela?
- O que ela vai achar quando saber que o homem que lhe estendeu a mão foi o mesmo que orientou o velho a despeja-la.
- Não faria isso.
- Será, acho que você esta se sentindo muito feliz agora.
- Por favor Ivan.
- Acho que devo contar para ela.
- Quer saber, já me cansei de tudo, vá em frente, conte tudo.
- O que diz?
- Isso, conte, assim fico com a minha consciência limpa, também direi a ela que você me orientou a isso.
- Velho insignificante. Ivan levanta a mão para atacar o homem, toca o celular de Nestor ele atende.
- O quê, quando, estou indo. Ele desliga e corre para o armário de roupas, veste um casaco.
- O que foi velho, não terminei.
- Vamos.
- Onde?
- Me leve ao hospital, Tiago passou mal.
- O quê?
- Vamos logo, lá você aproveita e conta tudo para elas.
- Vamos.
Nestor segue aflito junto a eles no carro, o homem em nervoso, no estacionamento do hospital descem, Nestor corre até a recepção fala com a atendente que lhe orienta para a enfermaria.
Ali Nestor vê Ti a tomar soro, Mercedes a segurar a mão do rapaz, Helana sentada numa cadeira do corredor não esconde as lágrimas que descem em seu rosto.
- O que houve, o que ele tem?
Mercedes deixa o rapaz ali adormecido e segue com Nestor para o corredor.
- O dr disse que o Tiago pode ter ficado com uma mancha no cérebro.
- Como?
- Sim, logo irão busca-lo para fazer uns exames.
- Ivan surge ali, Mercedes ao ve-lo começa a agredir ao homem ali.
- Por sua culpa Ivan, sua, o rapaz pode morrer, morrer, entende, você e seu orgulho, essa vontade desenfreada em vingar-se de Roberto, olha só o que deu.
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