Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
O conto dos fadados a maldição
Davi de Souza Campos

Vou contar uma horrenda história para vocês. Não lembro se estava dormindo ou acordado, entretanto duvidar das verdades desse conto será um fardo em suas vidas.

Aconteceu há muito tempo. Quando meus ossos ainda estavam dispostos e os cabelos da minha cabeça não eram brancos como a neve.

Um navio com uma grande tripulação. Eles assaltavam as cidades, matava as pessoas, violentava as mulheres. Tudo isso com um capitão, Ronald Strickland.

O capitão selecionava os seus marujos a dedo. Eles precisam não ter coração e nem piedade. Contudo, Strickland era o pior de todos.

Açoites diários naqueles que ousasem o olhar com os olhos erguidos.

Aos poucos sentimentos começaram penetraram nas narinas da tripulação. Ego e a irá.

Foi quando todos decidiram planejar um motim contra o maioral do navio. Ao chegarem na cidade mais próxima para uma de suas chacinas, o plano entrou em prática.

Acertaram Strickland por trás. Não na cabeça, mas nos ombros e nos pés. Eles não queriam o ver morto, mas sim gemendo.

Se apossaram do barco e o largaram Ronald Strickland numa ilha.

Sozinho, com frio e calor. O ex-capitão não gritou, não chorou como eles esperam. Mas permaneceu em silêncio.

As horas se transformam em dias, dias em semanas. A paranóia começou a ser sua melhor amiga.

Depois de 4 semanas, ele se lembrou do que haviam jeito. Não suportando pegou uma planta com espinhos. Ao sangue jorar pediu aos deuses uma bênção.

Que todos os homens do navio, outrora dele, nunca sentissem a terra e para sempre navegacem.

Os deuses ouviram seu clamor e tão bom que são ainda derramaram mais pragas. Os rostos se tornaram como a pior imagem.

O canto rotineiro da tripulação não se ouvia mais. Vermes foi o adjetivo que os deuses colocaram em cada marujo.

Eles nunca mais foram vistos. Lamentaram durante anos, mas ninguém podia ouvi-los. E mesmo depois do último suspiro de Strickland, estavam fadados a maldição eterna.

A história se tornou mito, o mito se tornou lenda e ainda é possível as noites ouvir o choro, não de Strickland, mas de seus homens. Que ainda vagam pelos mares, esperando o perdão dos deuses.


Biografia:
Um nordestino, cristão, apaixonado e nerd.
Número de vezes que este texto foi lido: 52841


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Os irmãos Davi de Souza Campos
Poesias Minha casa laranja Davi de Souza Campos
Contos O abismo Davi de Souza Campos
Poesias Monstro Davi de Souza Campos
Poesias A Maior Festa da Vida Davi de Souza Campos
Poesias Moça Bonita e Formosa Davi de Souza Campos
Contos O conto dos fadados a maldição Davi de Souza Campos
Poesias A jovem de cabelos cacheados Davi de Souza Campos
Poesias Flor Davi de Souza Campos
Poesias Mãe é mãe Davi de Souza Campos

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 14.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 69012 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57919 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56760 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55836 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55113 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55058 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54943 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54891 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54816 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54806 Visitas

Páginas: Próxima Última