Ouso
Em te dizer não por um momento
Mas, que este jamais me leve em sacrilégio.
Dando insumera agonia dentro do meu peito.
Em desgarrar na minha própria imagem.
Onde a solidão ficou com saudade
Ouso, em ser velório do meu próprio destino.
O meu ‘eu’ virou virgem?
Posso ter sede no meu grito?
Sem pudor posso ser menino
Ouso, em tirar o defunto...
Dos meus próprios sentimentos
Por que um dia eu vou morrer com eles.
Ouso parar e ficar,
Sem nenhum brilho.
Mesmo que este seja da menor luz
Mesmo no final de tudo, ouso
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