O tempo esfacelá-se brandamente nos desertos
e a viperina silente desfaz os nós da vida,
volátil água dos mares.
Com arcanos pendurados
vestir os reis desnudos
e dançar entre automóveis
O jogo das contas:
Traçar mapas de noturnas vozes
cortar os meandros escurecidos
no virar do Sol
Cegar os verbos, os arautos
calados e melancólicos...
Voar entre lunações
e mergulhar
Vincar os segundos crispados no olhar,
enterrar os ossos que nos velam.
Alçar velas...em rios dormentes
navegar silêncios de certezas
Planeta sem passaporte
beirando crepúsculos à esvair-se
entre desérticas vestais...
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