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As Moradas Eternas Celestiais - João 14
Silvio Dutra

“1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”. (João 14.1-3)

Com o passar do tempo, no conhecimento de Cristo, descobrimos que a nossa alegria se fundamenta nem tanto por sermos livrados de nossas tribulações, mas por continuarmos a ter a aprovação e a companhia do nosso único e melhor amigo, a saber, o próprio Senhor.
Por isso a expectativa de serem separados de Cristo fez com que a tristeza penetrasse o coração dos seus discípulos.   
Mas, como nada escapa do conhecimento de Jesus, ele percebeu o quanto estavam tristes, e lhes dirigiu palavras para reanimá-los, de maneira que entendessem que não havia motivo para se entristecerem com a Sua partida, senão de alegria, porque afinal não os abandonaria, e além disso, lhes enviaria o Espírito Santo como cumprimento da promessa feita por Deus a todos aqueles que se unissem ao Seu Filho.
Muitas coisas concorreram para a tristeza que os discípulos estavam sentindo:
(1) Jesus lhes havia contado há pouco o abandono que ele deveria receber de alguns deles, e isto entristeceu a todos.
Pedro, sem nenhuma dúvida, deveria estar muito triste com o que Cristo lhe disse, e todos os demais sentiram muito por ele e por eles também.
Mas o Senhor os confortou acerca disso.
(2) Jesus tinha lhes contado há pouco sobre a sua própria partida, e que isto ocorreria debaixo de uma densa nuvem de sofrimentos.
Eles O veriam brevemente debaixo de sofrimentos que O conduziriam até a morte; e esta espada atravessaria a própria alma deles, porque muito o amavam e haviam deixado tudo para segui-Lo.
Quando contemplarmos Cristo traspassado pelos nossos pecados, nós não podemos deixar de lamentar com tristeza, entretanto nós vemos o fruto glorioso que decorre destes sofrimentos de Jesus por nós.
Mas eles não podiam ainda compreender isto o tanto quanto nós o compreendemos, e como viriam a compreender depois, conforme as próprias palavras que o Senhor lhes dirigiu quanto à instrução que receberiam do Espírito Santo.
Eles não compreendiam ainda a natureza do reino do Messias, e pensavam que o Senhor logo livraria a nação do domínio dos romanos e restauraria o reino de Israel com a mesma glória, e ainda maior do que a que possuía nos dias de Davi e Salomão.
Todavia, agora, Ele deixaria o mundo nas mesmas circunstâncias de maldade e pobreza nas quais eles tinham vivido, e pior, eles se sentem totalmente derrotados.
Assim, se sentiam tristemente abandonados, frustrados e expostos.
Eles souberam por experiência que nada podiam fazer sem o Mestre deles.
Mas não sabiam ainda que nosso triunfo deve ser neste mundo, mas não para este mundo.
Deste modo, não há realmente motivo para tristeza se somos fracassados nas coisas que dizem respeito a esta vida.
Contudo, Jesus lhes disse que não deixassem apesar de todos estes pensamentos e sentimentos, que o coração deles ficasse turbado.
O verbo usado no grego para turbar é “tarasso”, que significa ficar inquietado, ansioso, angustiado, perturbado, por temores e dúvidas.
Em outras palavras, Ele estava lhes dizendo que não deixassem seus corações ficarem tristes por causa das aflições.
Conforme diziam os puritanos: “Embora a nação e a cidade estejam turbadas, ou sua igreja, ou sua família, contudo não deixe seu coração ficar turbado. Mantenha a posse e controle de sua própria alma, quando você não puder ter a posse e o controle de nada mais.
O coração é a principal fonte de tudo o que você faz; por isso você deve mantê-lo firme com toda diligência em toda e qualquer dificuldade.
É o espírito que tem que sustentar a fraqueza, portanto, não permita que ele seja ferido.
Somos discípulos de Cristo, fomos escolhidos, resgatados e santificados por Ele, e embora outros possam ser vencidos com tristezas deste tempo presente, não permitamos que se dê o mesmo conosco, porque aqueles que têm a promessa de habitarem para sempre em Sião com o Seu Rei, não têm motivo para se deixarem vencer pela tristeza, seja ela de qual ordem for.
Até mesmo a tristeza pelo pecado pode ser resolvida pelo arrependimento e confissão, de maneira que se viva debaixo do mandamento de se estar sempre alegre em Cristo.   
O remédio que Jesus prescreveu aos discípulos para vencerem o tremor de seus corações, é o mesmo que temos que tomar, a saber, a fé em Deus.
Ele lhes disse que cressem no pai e que cressem também nEle.
Creia na providência de Deus e creia na mediação de Cristo.
Construa sua confiança nos grandes princípios revelados na Palavra, especialmente nas promessas que Deus nos deu pelo Filho.”
Deus é santo, sábio, poderoso e bom, e governa todas as coisas, e não há nenhum evento fora do Seu controle.
É do agrado de Deus que aprendamos a descansar nEle em meio às nossas dificuldades em plena confiança, com fé inabalável na Sua providência e cuidado.
Isto lhe traz grande honra e glória, e este é um dos motivos pelos quais permite que passemos por aflições neste mundo.
Se fôssemos deixados aos nossos próprios recursos, teríamos então motivo para ficar abatidos e entristecidos, mas tendo a promessa de que nunca seríamos abandonados por Deus, por sermos Seus filhos, a recusa de lhe dar louvor e glória mesmo nas aflições, é uma grande ingratidão e prova de incredulidade, que muito o desonra.
Crer no Pai e no Filho é o melhor remédio para curar o coração aflito. Ficar firme na fé em nada duvidando de que o Senhor está ao nosso lado controlando a medida da nossa aflição, e fará com que permaneçamos na esperança e no amor de Deus e este é o único e o melhor remédio na hora da tribulação.
A promessa para o justo é que viverá pela fé.
A vida eterna de Cristo saltará em toda e qualquer circunstância, a vida abundante que Ele nos dá, quando nos mantemos firmes na fé na providência do Pai e na Sua mediação como nosso Sumo Sacerdote e Advogado à direita do Pai.
A fé é direcionada para o céu, para as moradas celestiais que o Senhor foi preparar para nós.
Ela não está ancorada em nada deste mundo que passará, mas no céu e nas coisas que não podem ser abaladas ou removidas.
A nossa fé em Cristo não é somente para esta vida. É muito mais para a vida ainda por se revelar em nós no por vir.
“Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.” (I Cor 15.19).
É com a promessa da vida eterna da qual estamos tomando posse pela fé que devemos nos encorajar mutuamente em todas as nossas aflições.
Há muitas mansões celestiais preparadas pelo próprio Cristo para receber os que são seus, depois de terem triunfado pela fé sobre todas as tribulações deste mundo (v. 2).   
A felicidade eterna do céu é representada por muitas mansões na casa do Pai.
O céu é uma casa, não uma tenda, é uma casa não feita por mãos humanas.
Era para a casa do Pai que Cristo estaria subindo agora, como o irmão primogênito de todos os verdadeiros cristãos, os quais serão bem-vindos na mesma morada, depois de terem deixado este mundo: a casa do Rei dos reis e Senhor dos senhores, que habita na luz inacessível, que habita na eternidade.
Há habitações distintas reservadas para cada um dos filhos de Deus.
Jesus poderia ter omitido a existência das mansões do céu, mas para confortar os discípulos lhes fez esta revelação agora, dizendo-lhes que caso não fosse assim Ele lhes teria dito, entretanto, como tudo o que lhes havia dito até então era verdadeiro, seria impossível que lhes estivesse mentindo agora, porque Ele mesmo é a Verdade.
Com este “se não fosse assim” o Senhor quis deixar bem claro para eles e para todos nós, que não estava falando de alegorias ou figuras, mas de realidades que desfrutaremos no tempo apropriado.
Com esta promessa Jesus estava mostrando aos discípulos que não foi em vão que eles haviam abandonado tudo para segui-lO. A esperança deles não seria frustrada, e a recompensa da fidelidade seria dada com certeza absoluta.
Ele tinha que deixar este mundo e subir ao céu para afiançar o direito que havia conquistado para nós como nosso Advogado.
Ele entraria como nosso precursor na posse da nossa herança comum.
O homem não foi criado para pertencer ao mundo, mas ao céu.
Estamos aqui de passagem, como peregrinos e forasteiros.
A promessa feita por Jesus no verso 3: “virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”, é uma referência ao arrebatamento da Igreja, quando se completará plenamente a promessa de estar toda a família reunida no céu, e quando os que morreram em Cristo terão seus corpos ressuscitados, transformados em corpos glorificados, para o encontro com Ele entre nuvens, dando-se cumprimento à promessa feita aos que Lhe pertencem.
Muitas Escrituras falam do retorno de Cristo para o estabelecimento do reino de Deus em sua forma final (Fp 1.23; 4.5; Tg 5.8; I Tes 4.17; II Tes 2.1; João 17.24; etc).


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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