Aos 31 anos vivi muitas coisas, muitas das quais eu nem me lembro, outras eu lembro mas gostaria de esquecer.
Já errei, me machuquei, me recuperei e ainda assim voltei a errar.
Jjá chorei lágrimas capazes de aumentar o nível de uma represa.
Já me peguei rindo sem saber o motivo...
Já agi por impulso e me dei bem, já planejei muitas coisas e me dei mal.
Já conheci pessoas que mudaram minha vida e já mudei minha vida por uma pessoa.
Já perdi o fôlego de tanto rir e também já adormeci de tanto chorar.
Já fiz coisas das quais me arrependo, e já me arrependi de coisas que não fiz.
Já me desiludi com pessoas, mas não deixo de acreditar.
Já andei de viatura policial, já fui socorrida por uma ambulância, já bati o carro, já plantei algumas árvores, já comi formiga, já fui comida por formigas....rs
Já testemunhei atos de solidariedade sem segundas intenções, bem como segundas intenções disfarçadas de solidariedade.
Já quebrei alguns ossos, já cicatrizei feridas, já passei pela felicidade de muitos nascimentos e pelo sofrer de algumas mortes.
Já tomei um porre... e que porre.
Já dormi algumas vezes em pé, e já fiquei muitas vezes acordada deitada.
Já lutei com unhas e dentes e aprendi que é necessário saber a hora de não mais insistir.
Já achei amigos perdidos e perdi amigos achados.
Já amei de coração, já sofri com a alma, e por falar em alma, tenho a felicidade de ter encontrado minha alma gêmea, mesmo não tendo ele ao meu lado.
Já fiz dietas malucas e já fiquei maluca com dietas.
Já gritei, chorei, xinguei, bati, sonhei, sofri, sorri...
Já fui atriz, artesã, enfermeira, bailarina, professora, conselheira... Já fui “mãe”, tia, irmã, amiga... Já fui vilã, mas também já fui heroína.
Tenho a complexidade de uma inequação matemática e um Q de insanidade que nem Freud explica.
Já fiz tanta coisa e ainda tenho tanta coisa à fazer.
Tenho ânsia por vida.
Sou modelo total flex, movida por desafios e por amor.
Fui, sou e serei, sempre... complexa e nunca simplesmente.... Marina.
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