Certa manhã me perderei nalgum
Vale profundo, num lugar incomum.
Assim na brenha busca o Beija-Flor,
Como nos versos tenho meu sabor.
Se perguntarem o que fui dia algum,
Digam apenas que não fui nenhum
Senão singelo, ingênuo sonhador
Atormentado por sombria dolor.
Rogo que esqueça-se da mágoa e dor;
E, mesmo sendo simplesmente só um,
Jamais se esqueça do meu puro amor.
Te levarei comigo aonde eu for.
Peço-te: – Vai-te com o Memorandum:
“De borboLetras, foi-se o caçador!”
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