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Boa madrugada
Juliana Pereira Edeldo da Silva


Boa madrugada eu digo, com uma adaga no coração, olhando pro céu, esperando algo acontecer, não jorra sangue, pois seu corpo está longe de sua alma, e seu grito é silenciado pelos pesadelos que circulam por essa cidade, o que foi abandonado ou tinha muito valor, ou muito calor, era apenas uma lágrima a cair, que a vida já lhe mostrava que os momentos chegam ao fim e recomeçam dentro de nós.
No meio do corredor me encontro carregando o canivete que arranquei do fundo do peito, eu rasgo a parede escrevendo para os que querem ler, uma poesia dolorosa, a mesma que condiz com o que criei dentro de mim, se eu danço, é porque estou prestes a morrer e reviver de novo, ou é porque minha felicidade está transbordando em meu ser.
Mate em sua mente todos aqueles que lhe colocaram para baixo, queime no fogo todos os olhares que lhe assombram, eu não quero te ver nas profundezas de um desespero sem limites, tudo o que há um começo, também possui o fim, acredite, queria poder todos os dias lavar minha alma com o Santo Graal, ou até mesmo com o perfume que minha mãe me deixou, mas a cada dia eles estão mais fervorosos para ver um deslize meu, ou algo para que possam criticar com suas línguas de víbora da noite.
Cada passo descalça pelo mundo eu senti, e você também, rasgue seu coração quando eu não estiver mais aqui, pois nossos olhos estão vendo a mesma coisa a muito tempo, se as más influências fossem todo o problema eu chutaria o valor de quem sabe fingir para um funeral de um ingrato qualquer que viveste no mundo desorientando a si e aos outros.
Não deixe que peguem seu lugar, seus olhos são feitos pela mãe lua, sua alma é consagrada em uma guerra de amor e sangue, sua força é forjada da espada que apenas você tem, ande aqui do meu lado durante algumas vidas, que eu te direi e lhe mostrarei tudo isso o que eu quero dizer, apenas me fale tudo, por mais que eu já saiba, eu sou a sua mãe, sou Aia, mãe da noite e dos seres com aura azul, assim como a sua.
Grite quando precisar de mim, ouvirei com meu coração, não deixe alguém te falar o que deve fazer, pois só você sabe a missão que tens, é como uma história quase que perfeita, onde a personagem deve encontrar apenas um preceito.
Com a faca ou com o cuspe, eu cheguei no topo de uma vingança impura e cortei a garganta dos que não me deram ouvidos e nem sequer pereceram o meu valor, faça o mesmo, por você pois a injustiça apenas existe porque seus demônios estão falando por você, faça com que eles falem com você pra que o mundo possa ouvir, que os seus medos são capazes de matar até o que se diz imortal.
Me dê a mão, grite comigo, enfrente o desconhecido como a desgraça enfrenta o forte ser, levante sua cabeça e diga ao universo que nem o próprio fogo queimará o que és, siga a linha, chegue no ponto, e por fim, encrave a espada no devido lugar.

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Resenhas Um pequeno verso da noite. Juliana Pereira Edeldo da Silva

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