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Um gênero inexistente de jogo de estratégias
Sergio Ricardo Costa




É o que joga comigo.

Um jogo de tabuleiro com duas
Peças apenas feitas para perder.

Nem sempre por um minuto,
Um lance
Bem colocado,
É ciência que mostra
Apenas contradição incansável
E inteligente — à pessoa vazia.

Um gênero inexistente de jogo,
Por qual difere uma prática morna
Do corpo,
O sonhador atingido na esperança,
Já não vê suas peças,
Conforma-se com seus passos
E etérea exposição de ironia:

Um tanto
Vá para o sonhador atingido
— No coração e o coração planejando

Ciladas,

Quer que você o encontre
Mais confiável que parece, não para
Que o seja,

               Mas a partir de um momento
Nada pior que um coração planejando
ciladas: habita um MAL intestino 0F

Com tal desejo de voltar ao vazio

(E aos vales fáceis de serem trilhados),
Como destino a conduzir aos setores
Que cuidam da salvação calculada,

Mais ameaça destruir-se com lances
Históricos (e, por vezes, ansiosos):

        Analisar em separado por baixo
Das pedras que se movimentam fora
De tão boas intenções, o abrigo
Perdido para que tenha resposta
Objetiva, ou ideia lançada
Por terra como poema ou palavra

Inexistente — ou mais de uma...

Bom senso
Nenhum acompanha tudo que possa
Explicar tal condição, um concerto
De lágrimas, uma essência mais pura,
Desconcertante vocação para tantos,
Cenários vertiginosos,
                                Revolve,
Enigmática, a lua amarela,
Vazando o coração sua ferida
E movendo os pés,
               Permanecendo incompleto
Na vida como um destino nas trevas,

Despenhadeiro transparente que ocorre

Em torno de nós, mais por pressuposto
Autoritário:

Este bem tolerado,

Depende do seu poder lutar tanto
Contra o destino e,
Na verdade,
Desiste:

Roubado e constantemente roubando!

Mais confiável que parece, despeja
Com frias mãos, vinte cartas malucas
Todas iguais e sorri com o absurdo
Nem sempre por um minuto de jogo,
Por qual difere a sua tática muito
                                                      Vã:
Para um jogador derrotado,
Nada pior que um coração em seu bolso.


Biografia:
-
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