Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Você viu ou colocou poesia aqui?
Fabiano Fernandes Garcez

Um grande amigo meu veio com uma provocação: O poeta vê poesia nas coisas ou põe poesia nas coisas que vê? Sei lá, respondi. Não sabia mesmo, mas resolvi refletir um pouco.
     É impossível tentar definir poesia em apenas trezentas palavras, mas vamos lá. Primeiramente devemos separar poesia de poema. Poesia é o conteúdo, esse conteúdo pode conduzir a transcendência, beleza ou emoção, e poema é apenas o texto escrito em versos. Assim, o poema pode ter ou não poesia. Já a poesia pode estar presente em um poema, um filme, até mesmo em um entardecer, enfim, em tudo que, de certa forma, percebemos pelo sentimento, ou pela emoção.
     Acho que o poeta enxerga poesia onde outras pessoas não veem, para ele é ver a poesia já existente, para os outros, quem sabe, seja colocar poesia onde não existia. Conheço alguns poetas que jamais escreveram um poema sequer, mas em conversas sempre aparecem com uma sacada legal, uma visão diferente sobre alguma coisa. Ver poesia, talvez, seja estar perceptível as belezas do mundo, das coisas, dos homens e das ideias. Há uma definição que gosto muito, cujo autor não me recordo, diz assim: Poesia é o olhar incomum sobre os homens comuns.
     Um dia escutei os versos da canção Relicário de Nando Reis: (...) Sobe a lua porque longe vai?/Corre o dia tão vertical/ O horizonte anuncia com o seu vitral/ Que eu trocaria a eternidade por esta noite (...) Achei maravilhoso, já imaginou trocar a eternidade por uma noite apenas? E pior, saber que será só uma noite? Eufórico cantei para um amigo, ele disse: Nada a ver, né? Se foi o Nando Reis que colocou nesses versos, ou se só eu consegui ver, não sei, mas que há poesia ali, há!


Biografia:
Fabiano Fernandes Garcez nasceu em 3 de abril de 1976, na cidade de São Paulo (SP). Formou-se em Letras, é professor de língua portuguesa, literatura e redação, participou das antologias: São Paulo Quatrocentona e Poemas que latem ao coração, é autor dos livros: Poesia se é que há e Diálogos que ainda restam.
Número de vezes que este texto foi lido: 61689


Outros títulos do mesmo autor

Resenhas Um olhar atento para Capitu Fabiano Fernandes Garcez
Resenhas Tese e Antíteses em A Cidade e as Serras Fabiano Fernandes Garcez
Ensaios A secura das vidas no sertão nordestino Fabiano Fernandes Garcez
Poesias SONETO AO MEU AMOR Fabiano Fernandes Garcez
Poesias O violão Fabiano Fernandes Garcez
Resenhas Um acontecimento de vivências Fabiano Fernandes Garcez
Resenhas Um tempo que escorre aos olhos Fabiano Fernandes Garcez
Resenhas Um trago sozinho à tarde Fabiano Fernandes Garcez
Poesias As chaves Fabiano Fernandes Garcez
Poesias Cada um tem o ídolo que merece Fabiano Fernandes Garcez

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 43.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 63162 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 63112 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 63024 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 62949 Visitas
Negócio jurídico - Isadora Welzel 62941 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 62911 Visitas
Viver! - Machado de Assis 62910 Visitas
A ELA - Machado de Assis 62847 Visitas
PERIGOS DA NOITE 9 - paulo ricardo azmbuja fogaça 62833 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 62766 Visitas

Páginas: Próxima Última