Danniel Hoffemberg, ou Danny, como é chamado por todos, sejam familiares, vizinhos ou colegas de escola, é um menino de dez anos que reside em Denver, capital do Estado do Colorado nos Estados Unidos. Brasileirinho por parte de mãe e norte-americano pelo lado paterno e por nascimento, Dany é uma criança alegre, esperta, muito inteligente, destacando-se por seu conhecimento e criatividade em vários projetos e matérias na escola onde estuda. Adora praticar esportes, principalmente o nosso futebol, que é também chamado de “soccer” nas plagas da América do Norte. .
Seu pai, Edward, é um médico norte-americano que, ao participar de um congresso no Rio de Janeiro, apaixonou-se por Analice, também médica, e poucos meses depois estavam casados e a doce morena carioca mudava-se para o grande país do norte. O nascimento de Dany coroou a felicidade do casal, mas, logo adveio um contra-tempo inesperado. Danny nascera com uma grande deficiência cardíaca e apenas um transplante de coração, assim mesmo com a máxima urgência, poderia evitar sua morte tão prematura.
A espera de que surgisse um doador fora das mais angustiantes, mas, o pequeno Danny foi salvo pelo gongo, pois quando seu tempo se esgotava, eis que surge o coração salvador e aos três meses o nosso pequeno herói submeteu-se ao transplante cardíaco, na verdade, uma cirurgia complicada principalmente porque se tratava de um bebê. Mas Dany não só sobreviveu, como superou os problemas de rejeição e foi crescendo e surpreendendo pela sua privilegiada inteligência e vontade de viver.
No fim do ano passado, já com dez anos, os problemas de rejeição do órgão transplantado puseram novamente em sério risco sua vida. Cirurgias foram feitas, “stents” foram implantados objetivando melhorar sua circulação já em colapso, e novamente o pequeno Danny entrava na angustiante fila dos que aguardam pela doação de órgão, com a sua breve vida por um fio. Rezas e imensas preocupações de seus pais, amigos e parentes, inclusive nós, seus primos aqui de Ouro Fino, torcendo para que um novo coração salvasse a vida do nosso pequeno Danny. Em fevereiro último, graças a Deus, surgiu um órgão compatível e Dany foi submetido a um reimplante de coração com sucesso e atualmente está praticamente recuperado.
Retornando à vida normal, resolveu dedicar-se a um trabalho de pesquisa sobre doação de órgãos, entrevistando mais de cem pessoas, objetivando, principalmente, criar uma consciência mais receptiva a doação de órgãos. A pesquisa do pequeno Danny despertou grande interesse da mídia norte-americana e ele está se tornando famoso, tendo sido entrevistado por um importante canal de televisão do Colorado, sendo também notícia em jornais locais.
No Brasil o problema das filas de espera por transplantes de órgãos, creio que é ainda mais angustiante do que nos Estados Unidos. O exemplo de Danny, uma criança que teve a sorte de ter uma segunda chance de continuar vivendo, e que foi à luta procurando sensibilizar um maior número de pessoas a se tornarem doadores de órgãos, deve ser seguido e divulgado ao máximo, para que a esperança da um número maior de pessoas que necessitam de um transplante não morra numa angustiante fila de espera.
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