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PORTAS ABERTAS
Tânia Du Bois


por Tânia Du Bois

                     “Portas abertas
                      sempre
                      os séculos
                      e os milênios

                      avistar o horizonte
                      caminhar até lá

                      abertas as portas
                      ...
                      no entrechoque dos caminhos
                      o vento
                      penetra permanece
                      e nos conta os segredos
                      das viagens.” (Pedro Du Bois)

          E, nesse abrir de portas, os ventos me levaram até a escritora Adélia Prado, pela sua coragem e o longo (lindo) caminho percorrido, mostrando-nos que sempre podemos avistar novos horizontes...
           Ela começou a escrever aos quinze anos e só foi publicar o seu primeiro livro de poesia, “Bagagem”, em 1976, com a sugestão, em ajuda, de Drummond, ao editor Pedro Paulo de Sena Madureira.
          Em 1978, seu livro “O Coração Disparado” foi agraciado com o Prêmio Jabuti.
          Ficou vários anos sem produzir trabalhos poéticos, por conta de uma depressão, voltando, em 1994, com a publicação de “O Homem da Mão Seca”, que havia iniciado em 1987.
          Em 2005, lançou “Quero Minha Mãe”; em 2006, “Quando Eu Era Pequena”.
          Adélia Prado é uma autora que descobriu um dia ter encontrado essa atividade que lhe deu o prazer, a alegria e a certeza da vocação. A sua obra é toda inspirada no seu dia a dia. Aos 72 anos, é exemplo e inspiração para todos, porque abre várias portas para nós, quando diz: “Agir contra a convicção é pecado”.
          E, assim, seguimos o vento com a sua poesia:

                             “Eu quero a fotografia,
                             olhos cheios d’água sob as lentes,
                             caminhando de terno e gravata,
                             o braço dado com a filha.
                             Eu quero a cada vez olhar e dizer:
                             estava chorando. E chorar.
                             Eu quero a dor do homem na festa de casamento,
                             seu passo guardado, quando pensou:
                             a vida é amarga e doce?
                             Eu quero o que ele viu e aceitou corajoso,
                             os olhos cheios d’água sob as lentes.”


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
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