Quando a mente solta as amarras do corpo
Os olhos começam a ver cores diferentes
São paisagens esfumaçadas nas estações
A velha Maria Fumaça... Viajará no tempo
Ternos e chapéus retornaram do passado
Em preto e branco, as fotografias são belas

Existe pose, velho retrato e linda mulher
Saindo dos sonhos em formas mágicas
Igual ao mar e sol, veste azul e amarelo
Tentando infligir a grife da alta sociedade
O perfume bem francês, etiqueta de Paris
Diz que a educação é de nobres padrões

Proletário, eu sonhava em viver a boa vida
Gostava de vinhos, das tavernas francesas
Participava das revoluções pela liberdade
Sentia a tórrida paixão pela ricaça dama
Nos meus sonhos, vejo cobertas e cama
Sem cena, noite ou dia, éramos amantes

Charretes já não cruzam as curtas avenidas
Das linhas da modernidade no novo século
Gravuras, sujas de mofo, tendem a acabar
Com o piscar dos cílios, nos atuais planos
Aqui jaz a incerteza do amor transcendental
Nos traços magistrais das almas ingênuas

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