“Aquela velha amiga, minha solidão”
Nunca escreveu, mas era minha companhia, nunca ganhei um beijo seu, acho que por minha covardia.
Foi embora não disse adeus, deixou história e me esqueceu.
Por que partiu quando não te vi, porque aquela noite me mentiu.
Sempre tentei te esconder, mas sua presença contagia.
A música que faço pra te esquecer repete o som de todo dia.
Aquela velha companheira fazia-me mal, eu de fato a ti sempre me entregava e a nada temia.
Aquela garotinha que corria nas minhas ruas, agora é mulher e me sorria.
Aquela inútil solidão era meu café da manhã, o leite da noite enquanto dormia, mas eu sei que posso mais.
Adeus velha amiga, aquela garota de dias atrás é a mulher que eu queria.
Agora ela já não corre mais e eu; à solidão não digo nem bom dia.
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