FRÁGEIS POEMAS |
Pedro Du Bois |
O poeta acompanha os saltimbancos
nas piruetas das próprias palavras
desconjuntadas frases com reclamações
de doces mães sentidas: jogos
inacabados no primeiro tempo.
Os termos do poeta estão em toda parte:
nos tecidos esgarçados
nas comidas destemperadas
esguias sombras sob os laranjais.
As rimas do poeta são varas flexíveis
de bambu e marmelo. Vergam o ar
doem nas páginas não escritas
as vezes rígidas demais.
O verso do poeta termina onde a vontade
alcança o realismo do grafite ao riscar o papel.
Vontade: preguiça necessária
para não assustar frágeis poemas.
|
Biografia: Poeta e contista. Nascido em Passo Fundo, Rs (1947). Residente em Itapema, SC. Membro do Clube dos Escritores Piracicaba e da Academia Itapemense de Letras. |
Número de vezes que este texto foi lido: 52856 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 19.
|