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Rio Acre
Leonardo de Souza Dutra

Resumo:
Este poema foi feito na expedição patrocinada pela FIOCRUZ, intitulada "REVISITANDO A AMAZÔNIA: de Carlos Chagas a Biodiversidade", na ocasião navegamos os Rios Acre, Purus, Negro, Solimões e o Rio Sena Madureira, perfazendo um período de 45 dias.

Rio Acre


Deixe-me ser rio
E ir mais além
Que em fluido se torne
Minh’alma...
E que de grão em grão
Outros rios
Venham-se tornando.

Deixe-me formar o pranto
E chorar teus encantos
Para que meus dias
Nos dias que nunca tivestes
Possa ser assim
Como sempre desejamos,

Quando em rio se transformar
Todo meu ser.


Rio Branco 27 de janeiro de 1997

Leonardo Dutra


Biografia:
Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra
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