Login
Editora
|
|
Texto selecionado
QUEM SE FOI SEM DEIXAR SAUDADE |
Leonardo de Souza Dutra |
Resumo: Mors omnia solvit.
A natureza humana se mostra frágil ante a supremacia da morte, mas esta de fato nada destói, é tão evidente que não obstante a descontinuidade da vida a própria vida continua. Pois a morte é a renovação. A morte nada destrói do que é matéria, nem do que é espírito. |
QUEM SE FOI SEM DEIXAR SAUDADE
Deixei nesse instante a vida...
Devagou nos pensamentos, se é que ainda
Existia tal princípio
Deixou a vida ...
Refletiram todos como que por encanto
Deveria deixar a vida
Ou a vida o deixara?
Havia agora dúvida.
Desejou retornar para poder explicar...
Mas aquela vela que iluminava seu caminho
O impedia de voltar.
Voltaria em alguma reunião de amigos?
Se é que houvera amigos,
E será que lembrariam dele ainda
Pouco tempo depois de sua ida.
Uma secura na garganta de alguns
Induzia a um gole após a cerimônia
Para matar a saudade?
Outra dúvida..., que negro pensar.
Já distante do corpo e dos amigos
Agora enfrentaria seu julgamento
Um livro, outro e mais outros
Incontável, saberíamos após uma breve visita.
E agora que destino seria destinado
Ao que já não mais.
Houve uma festa lá e cá
Por saber que aquele não voltaria para cá
E por se saber que não o encontraríamos lá.
Um brinde!
Leonardo Dutra
Recife, 15 de outubro de 2008.
|
Biografia: Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra |
Número de vezes que este texto foi lido: 59446 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 43.
|
|
|
Textos mais lidos
|