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Texto selecionado
Morre formiga, morre! |
Leonardo de Souza Dutra |
Morre formiga, morre!
Gritou surdamente enfurecido.
Sobre uma escrivaninha
Abandonada, vagava lerda formiga.
Serva de tantos servos
Severa em sua missão
Jornada longa em busca de informação
Deixando suas antenas tocar o ar
Demonstrando intimidade com o instinto.
Jogado a um canto da biblioteca
Olhos agudos
Ar sombrio,
Imobilizado
Transferia para dentro de si
O vagar alucinado da formiga
Vendo-a
Pareciam perdidos
Um buscando o caminho, outro uma solução
Morre formiga, morre!
Gritou surdamente enfurecido.
Se perdida
Se perdido
Estavam em uma única idéia, eles, atados
Como que querendo desmembrar sua parte formiga
Arremessou-lhe sua visao formiga
Deixando cair indolentemente pesado livro
Desfigurando assim a negra formiga
Que um dia aventurou-se a percorrer a escrivaninha
empoeirada de uma biblioteca.
Morreu a formiga, morreu!
Leonardo Dutra
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Biografia: Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra |
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Publicações de número 1 até 10 de um total de 43.
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