Sina do Sertanejo |
Marcos Leonidio |
Resumo: Esta poesia foi escrita em 2007. LEONIDIO, Marcos [2007] |
sina do sertanejo
no veio da terra
ressecada
da caatinga
dissecada
pela estiagem
sem-fim
o que será de mim?
sertanejo
quérendo umidade
chuva abundante
não tenho mai lágrima
suplico humanidade
e não tenho mai vontade
de ir pra cidade
quero minhas raízes
tomar banhi de rio
dançar meu baião
com minha nega
arrastando poeira
tomar minha cachaça
falando besteras
sô cabra-da-peste
mai tô definhando
feito o gado fantasma
que pastava no meu pedacim-de-terra
a tristeza no oiar
dos meus onze fis
me trazem um ar amargo
de condenação quase definitiva
não vô desisti
vô rezar pra Padim Ciço
e Ele há de me guiá
do meu sertão
não me vô
aqui nasci
ninguém vai me tirá daqui
o diabo
é que o demo
o coisa-ruim
insisti em me persuadi
qué me enfraquecê
mai só saio daqui
no dia em quéu morrê [...]
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Biografia: Marcos Leonidio, gosta de escrever poesias e reflexões, muitas vezes de forma enviesada, tem 42 anos, casado é pai de 2 dois filhos, João Pedro e Sophia. Seus canais na web são: http://poebra.blogspot.com - http://exercicioum.zip.net - http://twitter.com/curtapoesia, entre outros. contato: marcos.leonidio@gmail.com |
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