A dinâmica evolutiva da espécie humana dentro da História está amparada pelo Filosofia da História. Impossível pensarmos numa sociedade que tenha alçado voos maiores em diversas áreas sem um processo reflexivo e crítico que determinasse novos horizontes no decorrer do tempo. Isto nos parece óbvio não sendo tão fácil como isto tenha ocorrido diante de estruturas já aceitas. Perguntar o quê move uma sociedade para o processo evolutivo e quando isto passou a ocorrer já estabelece o princípio que somos um produto histórico em constante aperfeiçoamento e evolução.
A Filosofia da História é a mola propulsora das revoluções mentais e históricas visando colocar o ser humano em patamar novo, indicando aquilo que foi e precisa ser mudado, apresentando uma reflexão profunda que gere resultados evolutivos capazes de eliminar o obsoleto (obsoleto não é velho) gerando novas opções mais racionais que atendam uma sociedade. Eu diria que neste nível, absorvemos novas posturas, regramentos, leis, dotadas de racionalidade, capazes de colocar seres humanos em novas alternativas em busca do melhor.
Não podemos falar em Filosofia da História sem criticidade pois esta traz o passado diante dos nossos olhares, mostra os problemas que não devam novamente ocorrer, alcança o profundo e emerge com soluções outrora não vistas, indicando que a capacidade de raciocinar o vivido trará modelos mais assertivos para a melhoria social. O foco central, portanto, desta área é conduzir o humano para revoluções, sejam individualizadas no seu cotidiano e no seio social determinando novos caminhos.
Grande parte da submissão humana está na ausência da Filosofia da História como resposta ao entregue em certos períodos e isto ainda é visto diante da passividade nas tomadas de decisões políticas atuais. O ressurgimento das cinzas do Nazismo em pleno século XXI mostra que temos problemas na criticidade desta forma política, uma carência de Filosofia da História em assentos escolares e dentro da representação política atual. O momento pede ratificação da Democracia e isto só será efetivamente bem defendido quando argumentamos tendo base sólida da Filosofia da História, não aceitando o submisso que nos é imposto e partindo para a revolução, não permitindo a perda de direitos universalmente constituídos.
Evidenciamos que a Filosofia da História aponta coisas mal resolvidas que impactam o cotidiano. Ela dará a resposta e a devida solução amparada em critérios lógicos indicando novas possibilidades, estendendo um leque de opções bem melhores que o proposto atualmente embasados em estudos mais técnicos e refinados. Se o colocado não nos serve, compete à Filosofia da História mostrar o melhor que possamos seguir, sem abrirmos mão daquilo que é benéfico no presente. Ao ser humano não resta outra alternativa ao não ser clamar pela revolução proposta e dinamitar os males crônicos que venham repetir-se.
Isto adentra nova postura, ações práticas e não somente direcionada para terceiros eleitos, criando um ambiente capaz de revolucionar não pelo derramamento de sangue, método obsoleto e não mais usado, mostrando que a verdadeira revolução será feita pela Educação bem aplicada em alto nível técnico e acadêmico, ou seja, gente preparada para entender e dialogar de fato com uma população demandante que anseia por melhorias ainda básicas que deveriam ter sido resolvidas. Importante é a capacidade de escuta direcionando para projetos mais reais que atendam o público e não embates em microfones que pouco ajudam quem mais necessita.
Nesta linha, a Filosofia da História emerge e dá resistência contra a má Política. Ela ensina que não podemos aceitar a passividade, ao contrário, ela estimula a criticidade daquilo que não aceitamos, propondo dentro da legalidade uma nova mudança bem racional e serve como instrumento de ataque contra extremistas e gente de má-fé que ocupa o poder ou queira nele permanecer além das regras democráticas. Cabe ao espírito humano adentrar esta área do saber, ocupar-se das suas análises mais fecundas e aplicá-las com juízo que demanda o momento. É isto.
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