Este texto ganhou um título que ficou muito parecido com nome de novela das seis ou banda de forró “fusion”. No entanto, é uma estranha e indigesta combinação preparada para o Rio Grande do Sul: Eduardo Leite, governador e Paulo Pimenta, ministro de Estado da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ufa!
O nome do cargo do Paulo é “sovieticamente” enorme, isso revela uma ineficiência estatal, bem como, o peso, a propaganda e a tergiversação. Assim, não é difícil prever que a intervenção do Estado está fadada ao fracasso. O ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, que foi enviado ao Sul, recrudescendo a tragédia, começou mostrando sua iniciativa, sem saber o que fazer. Agindo eleitoralmente, o governo federal não sabe por onde começar; mas o povo vai reconstruir o estado, assim como fez com a ponte de Nova Roma do Sul.
Pimenta, apesar de não ser especialista, é o responsável pelo principal legado desse governo: a propaganda. Apesar de gaúcho, atento a sua atividade precípua, em meio à catástrofe, ao invés de salvar, ameaçou e perseguiu quem ousava criticar o governo federal. Como no caso Chernobyl, União Soviética, o governo está maquiando e tentando esconder a tragédia. Enquanto não proibirem, a falcatrua será revelada por celulares com câmera.
A cerimônia de nomeação de Paulo Pimenta para “interventor” do Rio Grande do Sul parecia um comício, onde quase todos os presentes riam, aplaudiam e cantavam; mas, alheio ao ritmo de festa, havia um sujeito quieto, cara amarrada e imobilizado: Eduardo Leite.
Seja por falecimento ou acidente aéreo, Lula e o Congresso sempre souberam se aproveitar desses momentos de comoção pública. Com calamidade pública não seria diferente. Sempre aproveitando o afunilamento das atenções, medidas impopulares são empurradas como emergenciais. Uma dessas “emergências” é o atropelo da vontade popular com a nomeação de Pimenta, que nunca foi refresco.
Leite, jogaram pimenta no seu leite.
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