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Tentando decifrar alguma coisa, ou quase isso...
Giulio Romeo

Quando pequenos pensávamos que a estrada da vida era longa e quase não tinha fim. Com poucas paradas, poucos desafios e insignificantes contratempos. E hoje, sabemos que a teoria na pratica é diferente, aliás, bem diferente do que imaginávamos.

Éramos amantes do Sol e hoje pouco o vemos. Éramos adoradores das estrelas e hoje, pouco as notamos. Éramos fieis aos nossos princípios, todos eles, e hoje, lutamos para manter alguns. Fomos entusiastas do belo, sem retórica, sem argumentos, apenas belo, e hoje, duvidamos por vezes do significado da beleza. Antes lutávamos pela igualdade, pela equidade e hoje enxergamos as diferenças como igualdades. Evoluímos, crescemos, mas trouxemos uma mala enorme de acontecimentos que dão para escrever um livro ou quem sabe, até uma enciclopédia.

Éramos capazes de sonhar e hoje, procuramos onde escondemos os nossos sonhos. Antes tínhamos vontade de viver, hoje, lutamos para não morrer. Fugíamos da lógica para viver e hoje, tentamos entender os mistérios da lógica, para sobreviver.

Hoje, muitos de nós, aliás, milhões ou talvez bilhões de nós, estão em épocas atuais, desesperados, olhando o relógio do tempo, juntando os caquinhos que sobraram do passado, unindo os fragmentos, as porções, as partes, os bocados, como num puzzle, remontando os pedaços para criar um novo ser, um novo “EU”.

Somos restos de uma vida passada, não por derrotas, não por desafetos, não por perdas, não por sorrisos ou lágrimas, não por vitórias, mas sim, por História. Caminhando pelos labirintos da nossa memória, vasculhando os rascunhos que fazemos do nosso passado, aqueles que não apagamos por traumas, por decepções ou até por alegrias, e que merecerão destaque nas nossas anotações celestiais, nos fazem pensar e definir o bem e o mal, o mau e o bom, o certo e o errado, o fácil e o difícil, pois esses serão a prova real que vivemos. Sim, que vivemos nesse plano, que estivemos nessa dimensão. Um histórico detalhado da nossa caminhada dentro de um corpo perecível, imaturo, contraditório e por vezes teimoso, turrão, ou quase isso.

Somos imortais, com tendência a imortalidade pelo legado que deixamos, pelas obras que concluímos e pelas pesquisas que fizemos. Somos a imagem do Criador, assim, conseguimos ter cinco sentidos, mas alguns conseguem ir além...

Essas criaturas que fizeram da passagem por esse planeta (O presente mais lindo do Criador, depois da vida), uma vida que se constituiu em revelar segredos, criar equações e fórmulas milagrosas, encontrar passagens secretas nos labirintos da ignorância, que encontraram o significado dos minerais, dos vegetais e dos animais. Que acharam o caminho da Luz, que definiram com sabedoria o enigmático e contraditório significado da Paz, e outros que encontraram os recursos, maneiras, modos, instrumentos, formas, mecanismos, engenhos, artifícios, expedientes, planos, métodos, processos, soluções, respostas e jeitos, do bem viver, ou quase isso.

Muitos do passado, nossos ancestrais, questionaram a vida e seus métodos, suas lições, suas matérias, conteúdos, pontos, unidades, deveres e exercícios. Criaram novos conceitos, novas definições, novas respostas e soluções. Evoluíram, vibraram com a energia correta, com a frequência do Cosmos. Fizeram literalmente evolucionar, evolver, progredir, ampliar, alterar, crescer, desenvolver, florescer, modificar a forma, a idealização, a conceituação e definição da vida e das coisas que nela existem.

Muitos nada disso fizeram, nada modificaram, nada acrescentaram, mas pelo menos, aprenderam algo de útil e relevante, pois, souberam sorrir chorando e entenderam que a luta não possui a mesma definição e forma para todos. Outros, mais reflexivos, entenderam os significados de ouvir, olhar, interpretar e questionar, para encontrar um argumento, um sentido, definição, acepção, conceito, noção, conteúdo, explicação, enfim, uma interpretação mais esclarecedora e com isso: Aprender a viver e por vezes, ousar na vida, modificar, criar, inventar ou quase isso.

Somos a razão que existe, espalhada pelos labirintos e esquinas da vida, geralmente e frequentemente em oposição à emoção, porém, deveria somente ou simplesmente ser a capacidade do pensamento dedutivo, realizado por meio de argumentos e de abstrações, mas, interpretamos à nossa maneira: “Soy la garantía de que todo saldrá bien”.

Somos a ótica, por vezes deturpada das coisas, temos a visão do nosso horizonte, do nosso entendimento comumente contraditório, que para muitos, não passa da ponta do nariz, baseado em lendas urbanas, ou ainda em ditos populares e pensamentos antigos, que se encontram em fase de esquecimento e extinção.
Somos antagônicos, impugnadores, que apresentam ideias opostas, incompatíveis, pois nem sempre estamos na mesma frequência do planeta e em alinho com os nossos sentimentos mais nobres e o nosso raciocínio mais profundo para avaliar corretamente uma situação.
Dificilmente chegaremos a uma conclusão satisfatória, pois sempre colocamos dúvidas e como juízes que somos, rotulamos e adjetivamos por nossa parca capacidade de julgamento, entendimento, pensamento, apreciação, consideração, avaliação, ideia, convicção, posição e definição. E tudo isso, orientado pelo nosso ponto de vista.

Todos somos bipolares, todos nós, pois surtamos, enfurecemos, brigamos, odiamos, fazemos catarses em momentos impróprios, mas logo nos questionamos: Chegamos à conclusão que experimentamos todos os sentimentos conhecidos, ou quase isso.

Necessitamos de tudo, ou quase isso, para podermos imaginar, sonhar, mas por vezes, ficamos tão cansados dessa imaginação, da mesmice do pensamento sem sucesso, que colocamos alguns contratempos só para se misturarem com a realidade que vivemos e torna-lo mais exequível.

Temos que nos preocupar com a eternidade, com a vida fora do corpo, a energia celestial. Temos que garantir que levaremos alguns aprendizados, novos conceitos, novas definições, mesmo aqueles das situações mais inusitadas, as tarefas mais difíceis, mais complicadas e esquisitas dessa vida, porque aqui estamos de passagem, viemos de outra dimensão, de outra atmosfera, de outra forma de existência e aqui, somos meros aprendizes, estagiários, calouros, iniciados, neófitos, noviços, praticantes, catecúmenos, ou quase isso.

O nosso portfólio de vida fará parte dos alfarrábios celestiais, documentando em detalhes a nossa biografia na eternidade, os nossos feitos, as nossas conquistas, os nossos fracassos, os nossos sonhos, as nossas ilusões e desilusões. E por isso, devemos deixar algo interessante para os Senhores de Luz apreciarem e não se decepcionarem conosco.

A verdade da vida é uma disciplina, uma matéria que ninguém entende, que ninguém descobre os seus segredos, que ninguém tira dez, que ninguém consegue entender, e por isso, nos resta apenas questionar. Sim questionar, pois, se não conhecermos os temas da vida, aqueles que desejamos compreender, perceber, captar, alcançar e atingir, como podemos passar por aqui e não acrescentar nada a História da civilização, da Humanidade? – Podemos imitar os grandes pensadores, que pelo menos... Pensaram! – Podemos fazer, montar, criar, uma pesquisa, um romaneio, uma resenha ou pelo menos, um simples relatório, para ficarmos mais próximos da conclusão dessa passagem, mais perto da verdade, mais perto da sabedoria, ou pelo menos, quase isso...!




Biografia:
Professor de Ciências da Religião, Teólogo e Pesquisador de Ciências ocultas. Procuro a verdade e quero compartilhar meus estudos sobre o comportamento filosófico e religioso de povos e comunidades, que tem a fé, como sustentáculo de sua existência tridimensional.
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Publicações de número 61 até 65 de um total de 65.


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