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Reflexão sobre o brincar na Educação Infantil
Maira Michelon

REFLEXÃO SOBRE O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Maira Michelon e Jacira Brambati

A área da Educação Infantil vem passando por um processo de (re)avaliação de concepções e conceitos de práticas pedagógicas e de um currículo que proporcione o desenvolvimento das crianças, porém com um currículo próprio, sem antecipação de conteúdos que devem ser trabalhados apenas no Ensino Fundamental, tendo as interações e brincadeiras como atividade principal e a valorização de todas as experiências que venham proporcionar o desenvolvimento integral da criança.

           Além disso, as DCNEIs (Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil/2010) destacam a brincadeira como atividade privilegiada na promoção do desenvolvimento nesta fase da vida humana.

           É através do brincar que a criança pode desenvolver as habilidades de memória, atenção, imitação, imaginação e habilidades motoras como equilíbrio e coordenação. O brincar potencializa o desenvolvimento, aprende a conhecer, a fazer, a conviver. Estimula a curiosidade, a autoconfiança e autonomia, desenvolve a linguagem, o pensamento, e a atenção.

O brincar faz parte da vida da criança. É brincando que ela inicia, desde a mais tenra idade, sua interação com o mundo, estabelecendo formas de comunicação, relacionamento e experimentação. O brincar é atividade constante e natural, que estimula o aprendizado e a apreensão de valores culturais e sociais. O adulto de maneira geral vê as atividades lúdicas quando praticadas por ele como atividades de lazer e ócio e quando se trata da criança, acredita que a brincadeira tem sempre valor educativo. Nem sempre é assim. O brincar é livre. Tem valor essencial no desenvolvimento dos seres, mas é também atividade criativa, de diversão e descontração. E, ainda assim, é no brincar que a criança tem a possibilidade de desenvolver habilidades motoras, perceptivas e cognitivas. Muitos estudos com crianças sugerem que o brincar da criança requer estratégias sociais de grande complexidade. A criança não se limita a imitação do mundo adulto, elas reinventam a todo tempo, um novo mundo. Esse mundo tem um pouco do que recebe de informação e um pouco dela mesma e de seus gostos e paixões próprias. (MORAIS E PÚBLIO, p.13)

Para Freinet (1996) a criança aprende pela experimentação concreta no mundo real, na relação com o mundo, com as pessoas, enfim, com o meio social. Acreditava que um experimento, qualquer que seja, deixa uma marca permanente e é com essas marcas que a criança constrói seu conhecimento. Porém, esses experimentos ou vivências devem fazer sentido para as crianças, devem partir de um "querer" experimentar.

             De outra maneira acontecendo atividades mecânicas, propostas pelo professor sem o desejo das crianças, a aprendizagem se dá mecanicamente através da memorização ou até mesmo não acontecendo aprendizagem alguma, correndo o risco de a escola não fazer a menor diferença.


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