Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
INTENSO 13 IND 18 ANOS LGBT
PAULO FOG
ricardo azambuja fog

Resumo:
BOM


               Ruth guarda a roupa de Jonas na bolsa enquanto Simão ajuda o pai na cadeira de rodas, ali no corredor, Yolanda assiste a cena com cara de quem vem as lágrimas a qualquer momento.
    - Pare com isso sua velha louca, você não chorou nem pelo seu finado.
    - Qual deles?
    - Como está?
    - Ótima, igual a você.
    - Não, você ainda tem seus pés, sua dignidade.
    - Você também, só os deixou de férias, por enquanto.
    - Gosto de saber que irei te-la por perto na fazenda.
    - Eu também, querido.
    Ruth sai primeiro com a bolsa e esbarra em Yolanda.
    - Cuidado querida.
    - Vá se lascar.   Ela sai do hospital e fica no táxi vendo Jonas ser colocado no carro, logo seguem para a fazenda.
    Ao chegarem, Ruth vai para a cozinha e confere os preparos do almoço adiantado devido os medicamentos de Jonas.
    - E então?
    - Acho que vou passar a lavagem que esta sendo feita por aquela ali, que tal irmos a um bom lugar com comida de verdade hein?
    - Pai?
    - Vamos, não é sempre que tenho a família real aqui comigo e ainda sabendo que irão ficar uma boa temporada comigo, quero festejar, posso?
    - Acho ótimo, sempre. Yolanda toma parte e diz.
    - Então pronto, vamos.
    Ruth sai até a sala.
    - Vão sair mesmo, agora, o almoço esta quase pronto, Jonas você acabou de sair do hospital, é isso mesmo?
    - Vamos gente de bem. Jonas sai dali seguido por Simão e Yolanda que olha para Ruth com certa alegria no rosto.
    - Quer saber a real, fodam-se. Diz Ruth saindo para o seu quarto, Jonas olha e tenta ir atrás mais ainda não tem a facilidade com a cadeira.
    - Inferno. Simão o ajuda deixando o pai frente a porta do quarto de Ruth, ele bate a porta que é aberta, ao entrarem, Ruth esta a jogar seus perfumes e pertences a parede quebrando quase tudo ali.
    - O que quer?
    - Depois, iremos falar, a sós.
    - Quando quiser, e faça com a sua vida, essa merda de vida que tens o que bem entender.
    Ele sai com ajuda do filho, Ruth continua a quebrar suas coisas quando toca seu celular.
    - Oi.
    - Filha você esta bem?
    - Aquele desgraçado, ainda quer me fazer mau.
    - Seja paciente, estou chegando.
    - Quando?
    - Amanhã.
    - Você vem mesmo?
    - Sim querida.
    Ruth desliga e vai se abaixando até chegar no chão ali ficando a chorar e olhar tudo ao seu redor.
    Noabe sai do escritório e vai até o caixa onde Firmino esta terminando de atender um casal jovem.
    - E ai?
    - Legal.
    - Vai ficar até fechar?
    - Lógico que sim.
    - O que esta acontecendo?
    - Como assim?
    - Eu te conheço, sei que tens algo te pertubando, no minimo.
    - Tá certo, me pegou.
    - E?
    - Acho que estou gostando ai de alguém.
    - Ai não, outra crise daquelas?
    - Calma ainda posso recuar.
    - Sério, séio mesmo você acredita nisso que acabou de dizer?
    - Acho que sim.
    - E ai, quem é dessa vez?
    - Uma mina ai de 19 aninhos.
    - Oh não, uma baby?
    - Pare, não gosto quando trata assim minhas garotas, hein.
    - E ela?
    - Ainda não sei o que realmente ela sente por mim, sabe, ela é meio misteriosa, entende?
    - Talvez seja isso o que te faz preso nisso, quero conhece-la, traga aqui.
    - Tá louco pra você contar meus podres, jamais cara.   Risos.
    - Sabe que quero você muito feliz, você é um irmão pra mim, mano.
    - Eu sei.
    - Olha eu estarei sempre aqui, meu irmão mais novo e doidinho.
    - De boa, valeu. Eles se abraçam ali.


             Cássia termina de atender o paciente e sua secretária lhe diz que o próximo só será ao final da tarde.
      - Bom, vou aproveitar e fazer uma visitinha pro Noa.
      - Que legal, ele vai amar com certeza que vai.
      - Fui.   Ela pega o seu carro e sai para o restaurante de Noabe no estado vizinho, atravessando a ponte para o Mato Grosso do Sul e nisso sente um mau súbito indo a desmaiar, o carro perde o controle saindo da rota e indo para fora da ponte, ela cai num banco de terra imundado raso.
      Em poucos minutos, bombeiros, resgate, policia, todos ali, ela é retirada com vida, porém muito ferida e com traumatismo, é levada para o hospital em Presidente Prudente - São Paulo.
      Noabe recebe a ligação que o tira do primo, ele sai desesperado do lugar e Firmino ao ver aquilo sai atrás do amigo.
      - O que houve?
      - A Cássia, a mulher que eu amo, ela sofreu um acidente, não, não pode ser, eu tenho que ir, vou pra lá agora.
      - Onde ela está agora, em Epitácio?
      - Não sei, preciso ir até a ponte.
      - Ponte?
      - Sim.
      - Não, eu vou com você, amigo.
      - Vamos.

               270821...........





                     Noabe chega ali no local do acidente junto de Firmino que olha para tudo ali, o veiculo de Cássia esta sendo guinchado, um policial vem a eles.
      - Sentimos muito Noabe.
      - Para onde a levaram?
      - Foi para o hospital geral de Prudente.
      - Então foi muito sério, o que houve de verdade?
      - Ela sofreu um traumatismo, foi o que eu ouvi da equipe que atendeu.
      - O quê?   Noabe grita em dor ao receber aquilo, Firmino afasta o homem e retorna para falar com os policiais e logo coloca Noabe no carro seguindo rumo a Presidente Prudente - SP.
      Dolores e Elza ali em rezas na cozinha enquanto Leonor limpa as mesas que os clientes terminaram as refeições, logo ela se junta as colegas e rezam um Ave Maria juntas, os fregueses chegam e elas retornam ao trabalho.
      Ruth sai do quarto e o Silêncio impera na casa, da varanda ela vê os peões a trabalhar com os animais e as mulheres com os baldes com roupas e seus afazeres, seu celular toca ela atende.
      - Oi.
      - Olá querida, o que houve que não me procurou mais?
      - Celso?
      - Isso mesmo gatona.
      - Ficou louco, já te disse que não ligue para mim.
      - Saudades, já são 3 semanas sem ............
      - Vá se lascar, depois eu faço um pix.
      - Acha que sou movido a dinheiro, só isso que me importa, é isso?
      - Você é um prostituto, só isso.
      - Nossa, o que houve, muito estresse hein, vem, vamos marcar, que tal uma tântrica, champa, morangos, mel, vamos?
      - Tenho uma fazenda para cuidar e não sou como suas desocupadas daí.
      - Bem, você que sabe.
      - Eu te ligo e fique em paz ai, já te mandei o que quer.
      - Beijo.
      - Cachorro.   Ela desliga e sai para o campo em ordenança aos funcionários.
      Rosa termina de servir o chá para si e para Igor que bebe em goles modestos olhando para ela.
      - Quando vão mudar?
      - Amanhã, bem cedo.
      - Já estou com saudades.
      - Tenho algo para te dizer.
      - Diga.
      - Acho que vou ficar por poucos dias naquela casa.
      - O quê, vai voltar para a sua cidade?
      - Não, mais estou negociando um sítio aqui perto.
      - O quê, vou ter um amigo sitiante?
      - Acho que, bem, provavelmente.
      - E eu?
      - Já esta mais que convidada para me ver quando quiser.
      - Amei, mais e Leonor, nossa amiga, vai leva-la?
      - Seria ótimo, não acha, mais depende dela, somente dela.
      - Olhe se ela fizer corpo mole, eu vou, te digo já, eu vou na hora tá.
      - Você já é convidada de honra pra visitar e morar lá se quiser.
      - Adorooooooooooo, você é um amor sabia?
      - Obrigado.
      - Lindo.
      - Vou sair e resolver algumas coisas, quando voltar trago novidades.
      - Tudo certo amigo, vá com Deus, sempre.

            310821....................





                   Igor fecha negócio com o proprietário do sítio, agora ex, eles seguem para Bataguassú MS no cartório de lá os documentos são assinados e Igor transfere o valor para a conta do ex dono.
     Noabe chega na recepção do HR de Prudente junto de Firmino, o homem esta todo aos nervos, Firmino fala com a atendente e vem a Noa.
     - Ela esta em operação.
     - O quê?
     - Ela foi, esta no centro cirúrgico.
     - Eu quero ve-la.
     - Não pode, sabe disso, vamos ficar aqui, logo alguém virá nos dar noticias.
     Na sala cirúrgica, a luta pela vida é decretada ali, Cássia entubada e já em anestesia sobre uma cirurgia na vertebra e nas pernas, porém ela não responde e vem a óbito, o doutor olha para os demais.
     - Hora do óbito.
     - Ás 13:45.
     O horário é marcado e o aparelho desligado, o médico sai junto de 3 enfermeiros e logo é dado a noticia a Noabe e Firmino.
     - Não.   Grita Noabe ali, sendo amparado por um enfermeiro e Firmino.
     Leonor atende a ligação no telefone do restaurante.
     - Seu Firmino.
     - Oi Leo, diz ai que..........
     - O quê, seu Firmino, não, não pode ser.
     - Sim, acabou de saber e.........
     O homem desliga e Leonor vai até a cozinha.
     - Meninas, a mulher do sr Noabe faleceu.
     - O quê?
     O desespero toma conta do lugar, Elza e Dolores choram muito.
     - E agora, o que vai ser do patrão?
     - Vamos trabalhar muito para eles.
     - Mais e ele?
     - Ele vai ficar com o sr Firmino, vão cuidar dos papéis por lá, a gente vai atender tudo como se fosse normal, depois que sair o último freguês a gente fecha.
     - Não sei se vou conseguir.
     - Vamos sim Dolores, vamos sim, o sr Noabe merece todo o nosso apoio.
     - Sim, vamos.
     Ruth termina de arrumar alguns documentos no escritório da casa quando Simão entra.
     - O que esta fazendo?
     - Guardando, conferindo, arquivando.
     - A partir de agora eu cuido disso.
     - Por quê?
     - Por que eu quero que seja assim.
     Diz Jonas entrando ali com auxílio de Yolanda que empurra a cadeira.
     - O que quer com isso Jonas, quer me humilhar é isso?
     - Você não presta.
     - Tudo bem, já chega, vamos pôr tudo na mesa, se eu não presto, você tampouco vale algo.
     - O que diz sua.........
     - Meça suas palavras, sou sua mulher não aquela vagabunda, você comeu por aqui e ali.
     - Talvez por que ela me dava prazer.
     - Qualquer égua ali do pasto lhe dá.
     - Cale-se vagabunda.
     - Já chega, eu fiquei calada e deixei que você fizesse o que fez por que achava ser o certo, fui tola, mais agora.
     - Agora, agora, o quê?
     - Você esta sob meus cuidados.
     - O que diz?
     - Se esqueceu, foi assinado o termo no hospital, querido.
     - Aquilo era somente praxe, nada mais.
     - Será, eu não sei, o que sei é que enviei cópia para o nosso advogado e juiz........
     - O que você fez, sua tranqueira?
     - Você esta interditado, eu comando tudo, tudo entendeu?
     - Sua vigarista.
     - Fale o que quiser, sou tua esposa e o juiz me conferiu este direito.
     - Ordinária.
     Jonas tenta sair da cadeira para agredi-la mais é vencido naturalmente.
     - Fique tranquilo, ao contrário de você vou trata-lo como ser bom que és, mais não lhe dou e nem te darei o direito de me tratar igual uma..........
     - Vagabunda.
     - Vou sair, não quero mais discutir contigo.
     Ruth sai seguida de olhares dos 3 ali.
     Leonor termina de atender o último freguês quando as suas colegas já terminam a limpeza da cozinha e salão.
    - Pronto, agora vamos fechar.
    - E as chaves?
    - Ja mandei mensagem para o seu Firmino, ele pega na sua casa Dolores.
    - Na minha?
    - Sim, por que, não pode?
    - É que eu vou pro Bata com meu primo.
    - Tudo bem, fica com a Elza, eu envio outra mensagem.
    - Não, fique com você, eu tenho aula.
    - Voltou para a escola?
    - Sim, já tem duas semanas.
    - É bom saber, a gente tem sempre de alimentar e muito bem nosso cérebro.
    - É verdade.
    Leonor manda uma mensagem quando Igor surge na porta do lugar.
    - Igor.
    - Oi, ola garotas.
    - Oi bonitão.
    Igor é colocado á par da última e já de pronto se põe para ajuda-las.
    - É só chamar, cozinhar eu até faço, mais sei muito sobre administrar, isso se eles quiserem.
    - Vou falar com eles.
    Leonor diz para ele, logo o restaurante é fechado, as duas seguem para suas casas e Leonor vai com Igor para o hotel.
    - Tenho novidades mais agora com esta que me contou já estou até sem gáz para contar a minha.
    - Mais conte, não me mate de curiosidade, vai.
    - Comprei um sítio.
    - Um sítio, ai que luxo.
    - Sim e quero saber se a madame vai para lá também.
    - Eu, bem, claro que vou querido.
    Leonor abraça Igor e eles riem muito, logo chegam no hotel.


                 020921...........







       - O quê, você vai morar no sítio?
       - Eu vou, você gostou?
       - Eu, bem, sei lá, eu queria ir para lá e ai?
       Rosa responde um tanto em desalento por saber que Leonor vai morar no sítio, Igor entra no assunto.
       - Meninas, amigas, eu já disse, é um sítio com 4 quartos ou seja, eu quero vocês duas lá comigo, entenderam?
       - Sério mesmo, é bem grande lá?
       - Sim eu vi as fotos e os vídeos que o dono fez, fui lá pessoalmente e apesar de estar um tanto escuro, eu vi, é bem grande.
       - Me desculpe Igor, Leonor, é que eu gosto tanto de vocês e...... não quero ficar longe, jamais.
       Rosa deixa as lágrimas rolarem, Leonor a abraça seguido de Igor.
       - Sua boba, você esta com a gente hoje, amanhã e sempre, entendeu bem.
       - Eu amo vocês.
       - Nós te amamos muito mais, sua linda.
       Duas semanas passam e Igor já se mudara para a casa que Leonor alugara, ele a ajuda no restaurante, Noabe aparece de 2 a 3 dias na semana ficando quase nada ali, sempre em choro ele confere a contabilidade e os pedidos de mantimentos para o comércio, Firmino tivera de fazer uma viagem para modelar a um catálogo de praia, quando chegou assumiu a churrasqueira mais sempre fica entre o comércio e o amigo na casa de Noabe, sendo que Noa esta se entregando a bebida de forma drástica.
       Igor decide por levar os livros de contas e outros documentos para Noa em sua casa em Epitácio SP, ele desce do ônibus no posto fiscal e segue de táxi para o residencial onde Noabe reside, chegando ele é liberado na portaria depois que informam de sua chegada para Noabe.
       - Igor.
       - Olá Noabe.
       - O que houve?
       - Posso entrar?
       - Sim entre ai.
       Igor vai olhando a desordem que esta o lugar, o cheiro de álcool é bem forte, Noabe se joga no sofá em meio a litros e latinhas de cerveja, no chão várias caixas de pizza e marmitas.
       - Nossa, você esta bem solteiro aqui hein.
       - O que diz?
       Na mão de Noabe o porta retrato de uma viagem que fizera junto de Cássia.
       - Trouxe o livro caixa.
       - Amanhã eu irei para lá, depois eu vejo, tudo bem?
       - Não Noabe, acho que você já esteve por muito aqui.
       - Eu enterrei minha mulher, você entende isso, não, afinal você não tem mulher não é, você é gay e só sabe sobre homens, é isso não é?
       - Me desculpe mais eu acho teu luto um tanto destrutivo, sentimento a gente guarda em lugar bom, bonito, é isso que sua mulher quer de você não você se destruindo, é isso que eu entendo.
       - O que quer de mim?
       - Que você se levante e seja um homem, só isso.
       - Olha quem diz isso.
       Noabe se dá conto do que acabara de dizer, Igor joga o livro no sofá e segue para a porta, coloca a mão no trinco e para.
       - Não, eu não vou deixar isso assim.
       Igor retorna para Noa lhe tirando a força do sofá, levando o homem para o banheiro onde liga o chuveiro.
       - O que esta fazendo, ficou louco é isso?
       - Faço o que tem de ser feito. Igor empurra o homem para debaixo da água e ele se descontrola indo parar junto com Noa e nisto surge o beijo entre eles.

                      020921...........
     




Biografia:
amo escrever e ler
Número de vezes que este texto foi lido: 52925


Outros títulos do mesmo autor

Contos INTENSO 5 IND 18 ANOS ricardo azambuja fog
Contos INTENSO 4 IND 18 ANOS ricardo azambuja fog
Crônicas A MÁFIA PERFUMADA ricardo azambuja fog
Contos INTENSO 3 IND 18 ANOS ricardo azambuja fog
Contos INTENSO 2 IND 18 ANOS ricardo azambuja fog
Contos INTENSO IND 18 ANOS ricardo azambuja fog

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 31 até 36 de um total de 36.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
87 anos da morte de Noel Rosa - Vander Roberto 57 Visitas
Reconstrução do Rio Grande do Sul - Vander Roberto 17 Visitas
Despedida - Luzilene Alves Ferreira Silva 12 Visitas
Mamãe - Luzilene Alves Ferreira Silva 11 Visitas
Mais um - Ivone Boechat 4 Visitas
Importância da Lei Áurea nos dias atuais - Vander Roberto 1 Visitas
Capitalismo e a catástrofe gaúcha - Vander Roberto 0 Visitas

Páginas: Primeira Anterior