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A produção de alimentos ainda nutre desigualdades
Flora Fernweh

Em sua obra “Capitães da Areia”, o escritor brasileiro Jorge Amado retrata as desigualdades com base em diversos percalços sociais. Entre eles, pode-se destacar a fome, que no contexto da obra, assola os meninos de rua. De modo análogo, persistem no mundo contemporâneo, os efeitos negativos da falta de equidade na distribuição de alimentos. Nesse sentido, pode-se inferir que o acesso à alimentação de qualidade é um desafio que abrange a esfera socioeconômica e impacta no nível de vida dos indivíduos.

Em primeiro plano, convém ressaltar que a produção de alimentos no mundo globalizado foi alavancada por eventos marcantes, como a Segunda Revolução Industrial e a Revolução Verde, na agricultura. Entretanto, tais avanços não se adequaram às necessidades das classes inferiores, uma vez que os obstáculos da subnutrição ainda se agravam. Ademais, conforme as estatísticas apontadas pelo IBGE em 2010, assim como a fome estrutural, a obesidade se deflagrava como uma problemática comum em países mais desenvolvidos, o que evidencia a importância da educação alimentar, tendo em vista a necessidade de consolidar a saúde das populações.

Outrossim, é nítida a participação ativa do Brasil na exportação de produtos alimentícios e bens primários, visto que a expansão do agronegócio, aliada à aplicação de tecnologias e sementes transgênicas, elevaram a produtividade do país. Contudo, no âmbito global, percebe-se a alarmante falta de investimentos governamentais em programas nacionais de alimentação, e a desvalorização de nutricionistas e profissionais da área, além do descaso ambiental por parte das grandes indústrias alimentícias interessadas no lucro final, o que gera como consequência, prejuízos interconectados.

Em síntese, diante dos contrastes que compõem as sociedades em relação à alimentação, pode-se reafirmar a imprescindibilidade da democratização do acesso a uma dieta saudável, e da promoção do equilíbrio entre as faltas e os excessos, buscando com uma produção mais inclusiva de alimentos, meios para atenuar e combater os impactos cuja solução envolve a mobilização de diversos mecanismos.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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