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	 Eu quero na maior parte do tempo desistir
 O medo da derrota é maior que o da tentativa 
 O temor que a sorte seja apenas uma carta invertida 
 E que jamais terei ainda que por duas eu viva
 Acreditar que o amanha seja meu inimigo 
 Viver sempre em cautela é desesperador ao ponto de perder o juízo.
 Mas você sente, uma, duas, infinitas vezes e ainda assim respira por negar
 E então se torna sufocante, difícil de manter a paz, de achar seu lugar.
 Abraçada a solidão, semeando aos poucos como seria funcionar de forma padrão
 Quando não se encaixa, não se encontra, quando já não procura sentir
 A vida de forma simples acerta o tapa da revelação
 Não estamos para agradar, não somos apenas mais um a somar somos na terra de cego ainda que sem olhos a enxergar
 Em meio a este devaneio, a esse balbuciar já me encontrei e me perdi sem ao menos conseguir contar
 É não estar de mãos dadas consigo mesma, brincando de cabo de guerra
 O conflito de sentir, o estopim pra discutir, o gatilho do medo e o tiro do fim.
 
 
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