Observei por uns instantes,
antes de nele sentar,
um banco solitário
à beira do imenso mar.
Registrei esse momento
de contemplação
para nunca mais esquecer.
Fiquei pensando enquanto
nele descansava,
escrevendo algumas linhas
e também olhando
a imensidão do mar.
Senti-me naquele momento
e hoje também,
como aquele banco solitário.
Ele pareceu-me tão triste e solitário,
ali contemplando a imensidão
do mar à sua frente.
Mas ele tem muito valor.
É através dele que os tristes da vida,
os cansados, os caminhantes
podem encontrar o repouso
e a paz de suas andanças
e contemplar a imensidão do mar.
Imagino que na vida passamos
por momentos assim
para aprendermos
a valorizar a nós mesmos.
Mas hoje só consigo ver o mar,
eu mesma, desapareci
em algum ralo de esgoto
prá nunca mais me achar...
Maria
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