A mosca e a aranha
Ela voando
Em seu vôo fantástico,
Debilitando-se
À vontade do vento.
Ela em sua cada,
Observa a arte da natureza,
Enquanto ela pousa,
Como, que se pede...
Para a morte chegar.
Como que se pede...
Para a morte chegar?
Prende-se, grudando
Na teia magnética,
Enquanto ala caminha,
Aplica-lhe o veneno,
Sorrindo-lhe, dando
Boas-vindas ao seu fim.
Tremendo e lutando
Contra o seu fim...
Ela viaja no veneno,
Travante de sua resistência,
Até ver ela lhe chegar...
Até fechar os olhos
E se ver sendo arrastada
Para o fundo de seu fim
E o será imenso.
A mosca é atraída,
É presa, é envenenada,
É morta arrastada
Para o fundo da teia,
Para o lar da aranha,
O caminho que se segue
Em nossa vida...
E em nossos sonhos.
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Biografia: Escritor desde seus quinze anos, vencedor de doze concursos de poesia, três de contos e do prêmio de romancistas da semana cultural de São Paulo, Hiago Rodrigues de Queirós é digno de minutos de leitura, e esses minutos se vão, completando dias e noites, até o leitor dormir e sonhar dentro do livro.
Sua ironia incastigável é um grande destacador de seu estilo de escrever, sua indescrissão, revelam ao leitor o quanto ele mesmo pode voar dentro de um livro. Hiago, sem dúvida é uma das maiores promessas da literatura mundial. |