Luciana termina de averiguar o andamento e procedimentos dos serviços das enfermeiras, leva alguns documentos até a sala do diretor do hospital, saindo desta toca seu celular.
- Oi Lú.
- Oi Arlete, o que foi?
- O Glads, meu filho arrumou um novo emprego.
- Que bom, é só isso?
- Nossa, credo irmã, tá bom vou desligar viu.
- Me desculpe, é o pessoal daqui que me deixa aos nervos.
- Também preciso, se você puder de uns remédios pras crianças e o vô.
- O que o velho tem dessa vez?
- A pressão dele, continua daquele jeito desregulada, as crianças estão meio sem gracinhas, entende.
- Assim que eu sair, levo uns comprimidos, xaropes e uns aparelhos para medir a pressão do velho e ver a saúde das crianças, talvez eu até consiga levar um médico amigo meu ai.
- Sério irmã, você é muito legal, te amo muito irmã.
- Tá, tenho que ir, vou desligar.
- Deus te abençõe muitissimo, mana.
Luciana desliga e sente um aperto no peito, lembranças lhe tomam quando.
- Quer dizer que vai levar um médico, amigo seu médico.
- Lógico, você querido.
- Eu?
- Quem mais seria dr Cristiano.
- Finalmente vou conhecer a família trapo que tanto fala.
- Veja lá como vai ser, o velho é bem mais esperto do que imagina.
- Tem de ser é seu familiar, afinal a neta é uma tranqueira de marca maior.
- Canalha.
- Olha, sou o doutor aqui hein.
- O que quer?
- Que tal ir comigo até a nossa salinha e ir me adiantando o pago pelos meus honorários.
- Cafajeste. Lú segue o dr para os fundos do hospital, ali num quartinho meio que depósito ela o beija e eles ficam nos amassos até tocar o celular dele.
- Oi, sim, estou indo.
Cristiano sai primeiro e Lú espera alguns minutos saindo depois.
Glads chega no clube de carona na moto de um amigo, ali desce agradecendo ao rapaz que o levou e ao entrar se identifica falando sobre o que fora lá fazer, o segurança lhe mostra o caminho a porta de Gilmar, dentro da sala ele vê diversos cartões e dinheiro em espécie em cima da mesa, pega uma cadeira e puxa para longe da mesa.
- Oi.
- Oi sou Gilmar e você?
- Sou Glads, vim por que me disseram da vaga de garçom.
- Me desculpe, mais eu contratei um rapaz hoje á pouco.
- Sério, nossa, tá tudo bem.
Jarbas entra ali.
- Você é o Glads?
- Sim senhor.
- Sou amigo do Vanderlei, Gil este é o meu amigo, ele será o novo garçom.
- Já admiti outro, hoje mesmo.
Jarbas se aproxima mais de Gil.
- Eu te disse que ele vai trabalhar aqui, já falei com a senhora, tudo bem.
- Tá ok, certo.
Jarbas retorna a Glads.
- Fique tranquilo, ele vai te dizer o que tem de fazer viu.
- Obrigado, mais senhor, se for causar algum incomôdo, posso ir e depois eu volto quando houver uma vaga, entende.
- Fique o Gil vai te explicar tudinho.
- Obrigado.
Jarbas sai dali.
- Pode se sentar rapaz.
- Obrigado sr Gil.
- Só Gil, como disse a vaga de garçom foi preenchida, mais se não for ruim pra ti, pode ser o zelador da noite.
- Posso, obrigado mesmo sr.
- Pare de me chamar de sr, só Gil tudo bem?
- Sim, Gil.
- Isso, só mais uma coisa, tem algum vicio?
- Só trabalhar sr.
- Gil.
- Gil.
- Pode ir, você começa essa noite mesmo, ás 22 horas, tudo bem?
- Estarei aqui sr.
- Tchau.
- Tchau.
Glads sai da sala e no corredor esbarra com uma loira alta.
- Me desculpe.
- Finalmente um rapaz educado por aqui. Risos.
Ele segue seu caminho e ela entra na sala de Gil junto de 4 garotas.
- Olá Gil.
- Chegou fuscão, e ai, trouxe o bom da festa?
- Aqui na sua frente. Fuscão pede as garotas que rodeiem Gil e mostrem a ele seus atributos.
- Gostei, agora sim isso aqui vai ferver no movimento.
- Já sabe, quero o meu todo final de turno delas.
- Lógico meu amor, como prova ja te dou aqui o adianto dessa noite, carinho.
A mulher pega a grana e conta rápido.
- Tá vendo por que gosto de sempre fazer negócio contigo.
- Os horários?
- Até as 3, depois disso, quero o acréscimo por cada uma.
- Justo e assim terá, linda.
- Como dizem, sucesso amigo e dinheiro garotas.
Fuscão sai dali deixando as mulheres frente a Gil.
- Nomes?
- Denise, Aline, Gisele, Amanda.
- Tudo bem, gostei de tudo, podem ir para os fundos nos camarins, retornem mais lindas ainda tá.
- Sim.
Jarbas entra ali.
- E essas mulheres?
- Uma idéia para melhorar o fluxo de ganho da casa.
- A senhora não quer piranhas por aqui a fazer ponto, sabe disso.
- Pare Jarbas, são garotas top, altissimo nível, você mesmo as viu, fique tranquilo, tudo no controle.
- Bem, se diz assim, faça o que quer. Jarbas não insiste no assunto saindo da sala e deixando Gil.
041120220..........…
12
A noite se torna um tanto a mais no clube com as novas aquisições, andando pelo salão, uma até dá palpites nas mesas de jogos, ora auxiliando aos jogadores e ora em auxílio a casa.
- Esta bem cheio hoje.
- Não te falei, fizemos um bom negócio.
- Vamos ver, quando a senhora ligar passarei a ela.
- O que foi Jarbas, você mesmo esta vendo, o nosso público em sua maioria são homens.
- Sim eu sei, porém tenho que seguir o regulamento da casa e assim da senhora Leticia.
- Pare com isso, vai ver, Leticia acima de tudo ama dinheiro.
Jarbas se afasta de Gil andando até ver Glads sair do banheiro.
- E ai Glads?
- Olá sr Jarbas, eu já terminei a limpeza deste sanitário, esta pronto para uso.
- Sanitário, limpeza, por que esta com o uniforme de garçom e fazendo limpeza?
Gil se aproxima deles.
- Olá Glads, pode ajudar lá na cozinha, problemas com a bancada e a pia.
- Sim sr, com licença. Glads sai deixando os dois ali.
- Por que não o colocou de garçom?
- Por favor Jarbas, eu te disse, já tem outro na vaga, o rapaz é um bom profissional, o Glads esta indo bem na limpeza também, o pessoal é só elogios da higiene dos banheiros.
- Não quero que ele fique nisso, dê o seu jeito, assim que turno acabar, mande o outro embora e dê o cargo ao Glads ouviu bem?
- Esta certo, farei isso. Jarbas sai enquanto Gil o olha com certa raiva.
- Maldito, vou vence-lo do meu jeito, você vai ver.
Glads termina ali o conserto da pia e segue com o lixo para fora, Gil esta perto das lixeiras.
- Olá sr Gil.
- Oi Glads, me diz, você é desse jeito mesmo ou esta fazendo um tipo?
- Como assim sr?
- Acho que vou passar, deixo para que eu mesmo descubra, gosto de enigmas.
- O sr esta se sentindo bem?
- Acho que preciso dos meus dadinhos.
- Dadinhos?
- Vai, deixe, termine isso e fique por perto, sempre se faz preciso para alguma limpeza de última hora e repasse sempre os cinzeiros por favor.
- Sim sr.
Glads entra e logo Gil tira do bolso 2 dadinhos fazendo uso destes, ele estremece seu corpo e seus olhos dilatam ali inerte ele viaja por um mundo que ele criara para fugir da realidade.
Jarbas sai do escritório quando Glads entra para fazer a limpeza ali.
- Senhor.
- Pode me chamar de Jarbas.
- Sim, Jarbas.
- Vai dar uma geral por aqui?
- Sim Jarbas.
- Bom, muito bom, olhe ja falei com o Gil no final da noite ele vai resolver tudo e você será o garçom amanhã, tudo bem?
- Obrigado sr.
- Jarbas.
- Sim, Jarbas muito obrigado, mais estou bem aqui, gosto de trabalhar e não me importo como.
- Se vê você parece um rapaz bem forte e trabalhador nato.
- Tem de ser, afinal sou arrimo de uma família bem grande e tenho que me esforçar, não posso parar.
- Então você ainda mora com sua família?
- Sim mais nove pessoas mais ou menos.
- Como assim?
- Ás vezes lota mais, bem mais.
- Sua mãe deve ter um bom coração?
- Sim, minha mãe apesar de tudo é formidável.
- Apesar de quê?
- Acho melhor eu começar a limpar, logo me chamam e..........
- A, sim vou sair. Jarbas sai logo é chamado no salão.
Leticia curte a chegada a Maceió com Allan fazendo vários vídeos e fotos e postando tudo em suas redes, Allan por sua vez sempre carinhoso atencioso para com ela, formando um casal invejado pelos outros hóspedes do hotel.
- Sabia que com você eu realmente me perco no tempo.
- Isso é bom?
- Acho maravilhoso, gosto muito da sua companhia.
- Êpa, tô sentindo o clima de pedido.
- Como, já, acho que já somos um casal.
- Te amo.
- Te quero.
- Sério, não consigo ver a vida sem você.
- Ai meu Deus, para congele, Senhor eu estou plena e amada é isso.
- Você é louquinha, ás vezes.
- Com um boy carinhoso, gostoso, charmoso quer o quê bem. Risos e beijos.
A lancha para ali no pier e eles entram, Leticia é pega no colo e colocada no assento logo beijos e caricia e o clima esquenta, Allan averigua se o piloto esta por perto, não estando, eles afloram o desejo deles deixando o momento picante e delicioso ao casal.
Luciana chega de carro com Cristiano, eles se beijam frente a casa antes de sair do carro, logo a mulher abre o portão já na área Lourival os aguarda.
- Então finalmente vamos conhecer o trouxa da vez, o coitado mais um bobo iludido.
- O que foi velho, pelo jeito a pressão esta boa.
- Vou te dizer o que não esta bom.
- O que quer, mais dinheiro?
- Beijo e abraço seu é que não é surucucu.
Cristiano cai no riso ali com a raiva de Luciana.
Arlete chega ali cheirando a banho recente e cabelos feito dois laços.
- Oi maninha.
- O que houve Arlete, você esta bem?
- O meu bebê morreu, por quê mana?
Lourival entra.
- A louca esta assim desde o inicio da tarde.
- Mais quando ela me ligou estava bem.
- Então foi isso, você sabe bem que o veneno dela é você.
- Por que não deixa de ser assim, ruim, velho.
- Vá se lascar sua pu..............
Cristiano se acaba no riso e Luciana leva a irmã para dentro, na sala ela examina Arlete e os outros, Cristiano faz diversos pedidos de exames todos pelo SUS, pegara um talão de pedidos e carimbos, fora uma consulta particular, Lourival não tira o olho dele.
- O que ela te prometeu, olhe você é novo, rico pelo jeito, tem tudo para arrumar uma gata, por que gasta seu tempo com um estrúpicio desses ai?
Mais risadas e Cris, Luciana afere a pressão arterial de Lourival aperta nisso o pulso dele.
- O que foi, ficou louca, mais ainda não aguenta a verdade.
- Velho, velho, vou te dar medicação errada isso sim.
- Até parece que caio nas suas sua bruxa do nordeste. Cristiano se perde em risos ali.
O doutor termina o atendimento nas crianças, Luciana dá os medicamentos que trouxera para Arlete e Lourival.
- Obrigado.
Seguindo para o carro, Cristiano é parado por Lourival que vai até ele com certa dificuldade tendo uso do seu andador e Arlete a tiracolo.
- Tome cuidado com essa ai, isso dá golpe até dormindo.
Cristiano olha firme para Lourival.
- Como?
- Que bobo eu sou não é, afinal agora vejo com toda clareza do mundo e de meus janeiros, assim sempre se diz, os seus sempre se unem, o doutor não é tão diferente dela, acertei em cheio não?
Luciana vem até Cristiano, ele a beija na face e se despedem de todos ali, Arlete vai até o carro e Luciana lhe dá 400 reais.
- Pegue, compre algo para vocês.
Cristiano olha aquilo e também ajuda com mais 200.
- Não precisa doutor.
- Precisa sim, afinal seu Lourival me fez rir e muito.
- Então, muito obrigado dr.
- Sim, eu é que agradeço, há tempos eu não tinha uma noite assim, graciosa.
Lourival vai até eles.
- Já que gostou tanto, da próxima traz uns come e bebe, mais bebidas por favor.
- Tá combinado, trarei.
- Ele não vai trazer nada.
Luciana enfurecida pede a Cristiano que saia com o carro.
- Vamos?
- Sim. Cristiano responde saindo e fazendo jóia para Lourival.
- Muito bom este dr.
- É, você que é boa, não vê o que eu vejo.
- Como assim vô?
- Este dr, pode até ter diploma, poder, dinheiro, mais a essência dele é tão suja quanto a da sua irmã.
- Credo vô.
- Tô dizendo, conheço gente assim de longe.
No carro Cristiano não para de rir, quando Luciana intervém.
- Se soubesse que iria se divertir tanto teria nunca te trazido.
- Sabe nisso você se superou.
- Por quê?
- Eu sabia que aquele lugar era praticamente um manicônio, mais olhe, isso pode ser pior que o inferno, já imaginou viver ali o tempo todo?
- Por isso mesmo quando comecei a trabalhar a primeira coisa que fiz foi sair dali.
- Sério, então você quase não morou com eles?
- Morei, eu ia e vinha, sai dali tantas vezes que até perdi as contas, mais quando a corda apertava eu retornava.
- Por isso ainda os ajuda?
- Não, mais ou menos eu devo e muito a eles.
- Isso eu sei e muito bem.
- O que diz?
- Se esqueceu que sei daquele seu detalhe.
- O que foi dessa vez doutor?
- De tempos atrás, sabe quando...........
- Por favor, fique quieto, ja teve e muito sua sessão de risos, graças logo me aposentarei e ai sim vou ter de sair do lugar onde estou por que alguém aqui não vai mais me querer por perto.
- Olhe, ainda bem que não somos casados.
- Vá ao inferno Cristiano.
081120220................
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