Em uma bela Campina pastava, tranquilamente,
um luzidio Cavalo.
O Lobo, que estava em jejum há quinze dias,
ao vê-lo, imediatamente pensou em devorá-lo.
Mas o Cavalo era ligeiro e resistente,
enquanto o Lobo fraquejava
pelos quinze dias de jejum.
O que fazer para dominar o Cavalo
e dar cabo dele, pensou o Lobo.
Então, de repente, não mais de repente,
procurou valer-se de sua astúcia.
Aproximou-se e ofereceu os seus préstimos.
Disse que era Médico e conhecedor de Botânica,
que poderia mostrar as ervas do Campo
mais apropriadas para se pastar
e as que poderiam causar algum mal.
Ah, meu amigo, disse-lhe o Cavalo,
chegaste bem a tempo, não para me poupares
de plantas más, pois eu, também,
as sei distinguir...
Porém, já que és Médico, penso que
poderás curar-me de um grave incômodo.
Há dias, contundi uma pata,
ela está inchando, com ferida
que se parece com um tumor.
Olha só! Então levantou a pata
e acertou um impressionante coice,
que arrebentou o queixo do Lobo.
MORAL DA ESTÓRIA:
* SE TODOS OS LOBOS INTRUJÕES
ENCONTRASSEM CAVALOS
COMO O DESTA FÁBULA,
CERTAMENTE NÃO VERÍAMOS MAIS
O TRIUNFO DE TANTA DISSIMULAÇÃO.
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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