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Poemas
Hélder dos Santos da Glória Duarte



vale do Linho

Ai que saudades de ser menino!
Naquele, de Monchique, «Vale do Linho»...
Ai que dor e ansiedade!...
Como quem, perdeu a liberdade!

Laranjais, trigais e flores de mil cores...
Consolavam, minha alma, com caridade.
Naquele tempo, de minha tenra idade.
Também, pássaros eram lindos cantores!

Minhas ovelhas!... Onde estais!?...
Ai, que tanto, vos perdi!...
Mas ainda estarei, convosco, lá e ali.

Vinde ! Oh tempos eternos!... Vinde!
Vinde renovar, o que já não contemplais!
O" Vale do Linho"... Dos laranjais!


ESTAVAS LINDA INÊS

«...Estavas linda Inês...»
Nesse teu amar.
Quando os algozes tua vida vieram tirar,
Por amor teres.

Os filhos de Portugal,
E do Norte,
Te mataram de morte.
Para por Pedro, tirar esse teu amor total.

A mim não me mataram em concreto.
Nem por amor desse género teu,
Antes me matassem de morrer certo!

E nunca com esta morte minha,
Em que me mataram por amar Deus meu!
Assim sofro mais que se de morte morrera!!!






Mais vida

Já estou morto!...
Morto! Morto! Morto!...
Mas estou morto para a morte.
Porque não há, em mim, alguma com sorte.
Para este meu ser, tomar…
Eis qu’ele disse:
«…Em mim, ninguém morrerá»!
Por isso, morrendo, com este negro, em mim, mar.
Estou vivo! Vivo! Vivo! E tu viverás!
Estou podre! Podre! Neste corpo.
Mas tenho vida. Muita vida «Nele»!
Eis, que não há mal, em mim,
Nem nada em mim, torto.
Porque, já tudo brilha…
Pombas voam! Voam!... Com ele.
E eu estou levitando. Voando…
Para a eterna ilha!..


NADA I

Quem sou eu?
Quem és tu? De quem é o que é teu?
Quem é ele e sua casa?
E nós humanos, nesta vida de azafama?

O que é o humano ser?
O que é o Ser existir?
O que é o tudo ter?
O que é o nada ou tudo sentir?

O que é a paz?
O que é a guerra?
O velho e o jovem rapaz?

Eis que tudo é nada.
Nada é a terra.
Mas pergunto: Existe alguém, antes e depois do nada?

Adeus

Adeus mundo e tu tempo!
Adeus terras e longes terras!
Adeus Portugal, Algarve e guerras.
Bem-vindo sejas, tu «Todo o sempre».

Adeus pai, mãe e Monchique.
Também tu Alvor e vós Alcobaça.
E vós que me odiais, pois eis que aqui não fico.
Vou para uma terra, que nunca passa.

N'ela só há flores e pássaros.
Não há serpentes...
Há pombas, que formam arcos.

Há lá um cântico suave.
Para sempre, sempre, sempre...
Como o do rouxinol ave!


POETAS III


Poetas, poetas, poetas!

Neste assunto, continuo,

Não, que tenha mais moral ou éticas!

Isso, também assumo.

Mas sabeis uma cousa;

Nem só terra e homem,

Estão em desordem.

Mas também, existência outra...

Para equilibrar tudo:

Equilibrar o homem;

E pôr tudo em ordem;

Real e mundo...

Sim para equilíbrio, haver,

No existencial, Ser...

Caminho, alto, o humano poeta,

Deve ter, como profeta...

Não baixo e relativo,

Mas absoluto e activo.

Caminho, de ventos, de verdade.

Caminho, de águas de liberdade!


PLANTAR

És meu amigo?
Então, porque, não m´auxilias a replantar,
Este campo já antigo?...
Com rosas da cor da paz, para o mundo, perfumar!

Vamos! Vem então.
Eu sozinho, pouco faço, com tremula mão...
Bem que eu queria fazer...
Mas nem água, em paz posso beber.

Plantemos! Plantemos! A paz.
Para que o menino,
Esta acção, continuo e em homem, seja também capaz.

E sendo homem, seja também, pequenino.
E então, eu já sem tremer e todos, com emoção,
Cantaremos uma nova canção!



ELE VIRÁ
Naquele dia tudo mudará...
O que estava no coração de Deus será...
Pois ele virá...
E em acção ele reinará,
Fará sua vontade.
Nesse dia, vencerá sua verdade...
Nesse dia seu povo dirá:
Eis que finalmente, veio, o mal derrotou,
E de todo triunfou,
Sobre: a morte, maligno e inferno,
Que no lago
De fogo lançou.
Eis que ele é rei,
De toda a existência.
Dá-me: força Senhor,
Para meu louvor,
Te dar, sem impedimento,
Algum, cheio de contentamento, te adorar.
Porque nesse dia...
Assim vai ser, com absoluta alegria.
E com toda a autoridade,
Meu ser cheio de liberdade,
Te dirá, o que até então,
Este meu espírito,
Nunca na dimensão,
Humana te houvera dito!!!...


Crianças


Eis que o tempo passou…
E o vento, findou…
O mar, já não ruge.
Nem a chuva, mais surge.
Mas só há o bem!
As crianças cantam…
Os pássaros dançam
E a Deus, louvam.
Os meninos e os homens, não choram.
Mas num rio de tranquilas, águas,
Sobre elas, caminham…
Eis que veio, o bem
O rio, já o mal, não tem.
Mas agora, veio a luz.
A dos meninos, pequeninos…
E dos homens e dos leões…
E a que vem, da cruz.
Há paz, para sempre…
Há paz nos corações,
Sem, que mais, haja
RIOS DE BABILÓNIA
Ai vós rios de Babilónia!...
E vós terras do Éden...
Terras da Suméria!...
E tu Assíria também!

E vós outras nações...
Que dessa torre de Babel...
Saíste, por erradas acções,
Como as que fez, Caim a Abel.

Estais alegres, neste momento.
Talvez, todos os filhos de Noé...
Ao mesmo tempo!...
Dizeis, que tendes fé...

Temos fé!!! Tanta fé!!!
Que o mal acabou.
Um mundo melhor, começou...
O bem, veio, enfim até...

Com verdade vos digo:
Com autoridade, vos afirmo,
Que por matardes Sadam,
Esse, que é filho de Adam...

O mundo, bem não terá;
Paz, não haverá.
Porque, quer do Sul ou do Norte...
Como ele merecemos a morte.

Somos todos maus...
Ninguém, pode matar...
Nem se gloriar,
Pois naturezas, temos iguais.

Por isso estou triste!
Por convicção ter,
Que matar, só a Deus consiste.
E não a quem o quer fazer...

Lamentai... Lamentai!
Chorai... Chorai!
Porque todo o homem, está no mal!!!
2
TERRA DO MEU NASCIMENTO

Ai minha linda Lamego!
Cidade do meu coração.
Como te ama meu ego,
Mais além da razão.

Em ti não nasci,
Mas é como tivesse sido.
Logo que cheguei a ti,
Fora como houvera ai nascido!

Apesar de tudo,
Quando os filhos do alto,
E do mundo,

Me mataram.
Não sei se a meu lado,
Teus filhos estavam?!


MENINO


Menino, menino!
Dorme meu filho,
Nesse teu sono, tranquílo
De pequenino...

Dorme, dorme criança!
Nessa tua infância...
Dorme! Porque o vento, ainda não sopra.
Só o rouxinol, música sua, toca.

E quando fores homem,
Sê menino, ainda,
Nesse estado de ordem...

Ouve música d´arpa!
Por campos, verdes, faz tua saída!
Continua, brincando


Mae

Não tenhas medo mãe!...
A Primavera vem,
Caminha então...
No caminho, que o teu jardim tem.

As flores do campo já perfumam,
Os passarinhos neidificam,
O sol brilha!
Pasta o cordeiro e a ovelha.

Por isso vive tua vida...
Porque o teu sol é eterno...
Tua luz é eterna...

Caminha nesse jardim,
Tão calmo...
Que não tem fim!



SABEI

Sabe tu terra e universo!
Que estando, como estou.
Num abismo, tão perverso!
Nesta vida e morte que sou!

E tu Pai e Deus meu!
Sim criador e vós criatura!
Aqui fala a vida que, Deus nos deu.
E que é mais alta, que minha amargura!

Estou mal, mal, mal!
Nem morto, nem vivo!
Nem nada em mim sou afinal

Mas sabei ainda: Vós Pai, Filho
E Espírito Santo, divo!
Em vós creio! E convosco, vida eterna, partilho!


AMAR

Eis, que é o vosso dia!
Sem que a noite, seja fria…
É dia de amor, nesse longo escurecer.
Mas que o vosso amor, faz nele, a luz nascer…
Amai! Neste jardim de rosas brancas.
Nesse amar, infindo, onde as pombas,
Voam ao vosso redor e cantam…
Sim!... Cânticos dos anjos, entoam…
Não façais … como eu fiz!
Que fui infeliz, no meu amar!
Mas amai! Amai!... Sem parar.
Pois, eu vosso amigo…
Também, assim fazer o quis!...
Mas vós! Sede! Zelosos e amigos…
Levai esse ramo de rosas, juntos!
E olhai para os Brancos cisnes,
Porque, vede! Como nadam,
No lago dos juncos…
Onde também!...
Há andorinhas!
E coelhos saltam, até ao ar…
Em redor, desse lago,
Que é vosso e das avezinhas.
Fazei, vosso ninho, oh rouxinóis!
Vós os dois, nesse eterno amar


Biografia:
Eu nasci em 1963 em Monchique e fui Pastor evangélico. Tenho o 12.ANO feito em 1984 curso de Humanísticos. Tenho o curso de formação de Pastores da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal no Instituto Bíblico desta instituição. Morei em várias cidades do país. Começei a escrever há algum tempo. Mas não tenho nenhum livro publicado. TENHO A DOENÇA DE PARKINSON estou na unidade de Longa duração e Manutenção de Albufeira. Pois estou doente.
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