Enigmática nobreza |
Flora Fernweh |
Empunhada a espada rente ao peito,
venerava em versos o monte sagrado
em que seus olhos banhavam o leito
de um místico invólucro do inexplorado
Almas puras já se precipitaram
na busca pela divina sabedoria
mas poucos seres contemplaram
a candura da eterna calmaria
Da branca estrela pouco avistamos
o sinuoso vale do meandro dialético
que tremeu a terra em que pairamos
no torpor de viver o dom hermético
Foge a austera instransigência
em sua inexata superfície fugidia
Juntam-se os que em clemência
ocultam-se na manhã de um dia
Tesouros enterrados no solo-ser
são exumados em grandioso ritual
que evoca a dedicação de um viver
semeando o bem na luta contra o mal
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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