Sinto o amor a transbordar
em vontade de me aproximar
Para lhe dar uma margarida,
acariciar e adoçar a sua vida.
Nas minhas costas, nascem asas
depois de tanto desejá-las da minha casa
para ir voando até a sua janela,
se me desse uma chance de entrar em sua vida por ela.
Eu sinto meu coração
transbordando de paixão
como um dilúvio após uma brusca chuva
inundando tudo ao som de uma música.
A música me faz companhia
enquanto vou voando com valentia
para concretizar meu amor
se me deixasse te tocar aonde for.
Adoraria entrar pela janela e te beijar
com todo o meu amor até o Sol raiar.
Numa doce entrega, resumiria minha visita
e se realizaria um grande sonho da minha vida.
Bato na sua janela fortemente,
mas as cortinas não se movem na minha frente.
Lágrimas impedem minha visão
pelo silêncio desta fria humilhação.
Bato na janela outra vez
parecendo uma insensatez
já que não há respostas de quem amo.
Então, para quê eu ainda te chamo?
Da sua janela, te digo que seus olhos penetrantes inundavam
Meu coração e alma que se tornavam
um dilúvio de amor que até hoje sinto em mim
latente podendo se manifestar
quando penso em você assim.
Meu coração inundou de amor.
Minha visão embaçou pela dor.
Tão pesada e triste, me vi aos ares caindo
sem perceber uma cortina se abrindo...
Ansiosa e receosa me precipitei.
Ninguém poderia me querer pensei
que antes de me rejeitarem de novo,
eu mesma o faria me entregando à uma queda sem pouso...
Caída no chão, presunçosa, eu me quebrei.
Antes de partir, somente pra cima assustada olhei
e vi um alguém em outra janela com um olhar de horror
porque o neguei de viver comigo um dilúvio de amor...
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