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O jogo nas sombras
DIRCEU DETROZ

Talvez, o jornal The New York Times esteja correto quando afirma que não serão os Estados Unidos e nem a China os protagonistas de um hipotético novo planeta que o pós-epidemia teria a capacidade de redesenhar. Que no momento americanos e chineses são protagonistas destacados nas acusações mútuas é fato.

Nunca o jogo do poder mundial foi tão jogado como agora. No atual momento, se tem a impressão de que as peças dos jogadores da ideologia de direita estão em melhores posições no tabuleiro. O próximo novembro poderá mostrar que tudo foi uma grande ilusão criada por eleitores enganados e agora arrependidos.

Se Donald Trump não conseguir um novo mandato, o jogo do poder sofrerá uma guinada. Peça importante, a Europa torce por uma alteração no script. Enquanto isso, a China está ficando pequena demais para os líderes do partido comunista. Eles desejam sair detrás das muralhas. Alçar voos globais não apenas levados pelas asas do comércio.

Essa é a parte visível do jogo que a mídia mundial noticia todos os dias. Sobre a qual os analistas políticos discutem e escrevem. Sempre digo, não devemos temer aquilo que existe e sabemos que existe. Devemos temer aquilo que existe e não sabemos que existe. O jogo jogado nas sombras onde agora hackers e suas teias de algoritmos, os novos peões, são as peças mais importantes.

A pandemia da Covid-19 abriu novas frentes na batalha biomédica. Várias instituições americanas e europeias foram vítimas de ataques cibernéticos. Vasculhavam buscando pelo maior dos tesouros. O conhecimento. Antes mesmo de o vírus se espalhar, perto de 200 roubos de pesquisas médicas eram investigados em 71 instituições.

A mesma pandemia foi capaz de jogar um pouco de luz sobre esse jogo nas sombras. Aparentemente o fechamento do consulado chinês em São Francisco foi uma retaliação imposta pelo governo Trump. Havia mais. O consulado seria uma espécie de base chinesa para enviar militares disfarçados de estudantes aos Estados Unidos.

O sonho dos líderes chineses é passar os americanos como a grande potência planetária até 2040. O episódio do consulado fez as autoridades americanas se perguntarem o porquê de 400 mil chineses estudarem no país. Quase 40% com doações para pesquisas.

Não fosse a chinesa Juan Tang, poderia tratar-se de “teoria da conspiração”. No seu pedido de visto, a bióloga omitiu ser do Exército da Libertação Popular. Descoberta e com um pedido de prisão emitido, Tang refugiou-se no consulado de São Francisco onde acabou presa. Ela esqueceu e o FBI encontrou uma foto sua com traje militar.

Juan Tang é um dos milhares de peões que se movem nas sombras. Só que nem sempre eles saem do frio como no título do livro do John le Carré.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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