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LÍRIO PERFUMADO
Ivan de Oliveira Melo

Resumo:
...os pesadelos nos maltratam...

Vejo-me morto.
Arrepios alucinantes me devoram.
Através duma tela côncava,
Sinto-me convexo em relação ao mundo.

Gritos espavoridos soam no éter.
Sinistras gargalhadas inundam o espaço
E eu numa horizontal mefítica
A esperar a inorgânica putrefação da carne.

Medonho palor inebria meus órgãos.
Percebo inúmeros batalhões de bactérias
A lambuzar-me a alma sedenta de vida,
Porém a morte erradicou-me a sobrevivência.

Vermes hediondos sugam-me, impiedosos.
A essas horas, meu corpo explode,
Implodindo a campa macabra que me cobre...
Estou, então, à mercê do céu aberto e límpido
E, os abutres, esvoaçantes, surgem na atmosfera,
Contemplando o que me resta de ideal alimento...

Brigam entre si, circundam-me as vísceras e,
Delas, para espanto seus, estranho olfato se faz no ar...
É um lírio perfumado que se exterioriza do coração...
Afinal, não pereci... Apenas sonhava pesadelos!



DE Ivan de Oliveira Melo


Biografia:
Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico, religiosidade...
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