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Morri e Brás Cubas incentivou-me a retratar
minha história...
Não sei... Houve em nossas vidas episódios tão distintos...
Talvez fosse melhor eu aproveitar a oportunidade e saber sobre Machado...
Não, ele me disse, Machado pariu-me e jogou-me no mundo...
Não casei, viajei muito, tive muitas mulheres
E, no fim, meu criador ainda deu-me aquela pneumonia...
Insisti, contudo Cubas afirmou que tudo estava nas Memórias,
Que não gostaria de remoer esse assunto...
Então puxei a sardinha para outro pano de fundo,
Indaguei-lhe se poderia contar-me sobre Bentinho e sua trajetória...
Você é bastante abelhudo, respondeu-me bebendo uma dose de Pitu,
Não serei eu a falar-lhe a respeito de Bentinho e Capitu,
Machado quer que a dúvida persista em seus leitores,
Também nada relatarei sobre a loucura de Quincas Borba...
Pois é... É imensa a fidelidade dos personagens com seus autores!
DE Ivan de Oliveira Melo
Poema escrito em 2012
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Biografia:
Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |
