Não quero viver
Nessa guerra do amor
Nos deixando.
Quero voltar a amanhecer nos seus braços.
Seus afagos sufocam a violência,
Afloram a inocência.
Sua beleza
Sua paz
Sua meiguice indo embora
É o desamor manchando
Os meus dias de solidão.
Meus olhos revelam lágrimas
Pois eu não vejo solução.
Eu deixo de caminhar no chão da razão,
A voz da tristeza abate o meu ser.
Deixa o coração perverso
Sem vida que não fala de amor
Em seus versos.
Solidão é quando não há o que cantar,
Não há o que plantar,
Ensaio da morte dos sonhos perdidos.
Felicidade é miragem,
Sem a exuberante natureza do amanhã.
Amanhã vai ser um dia sem sonho
Para quem desfez no presente
A aliança com o amor
Para quem sofre o medo de não voltar a sorrir
Sem a luz do sol dando vida para a esperança .
Amanhã eu não me verei,
Tornarei invisível sem você.
Não terei o vigor da árvore da vida.
Peço uma inspiração para Deus
De como fazer para reconquistar.
Aceito mudar minha vida
Para deixar o meu pensamento
Louvando o amor.
Aceito derrubar o muro das minhas certezas,
Das minhas convicções,
Das minhas razões
Para enxergar vida numa união
Onde os dois abrem mão das suas razões ,
Dos seus traumas e opiniões formadas
Para sempre amar
Deixar o amor
Respirar
Sarar
Falar
Cantar.

(Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

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