Olá, mãe! Como vai você?
Eu não estou muito bem.
Estou nervoso pelo grande medo
porque revelarei a você um segredo.
´E algo que lutei para mudar,
mas é impossível de controlar.
Esse é um dos momentos mais importantes.
Quero que você compreenda o quanto é relevante.
Mãe, eu sou homossexual.
Você me diz que sou anormal.
Você acredita que amamos o espírito
além do corpo propriamente dito?
Eu sinto atração por homem.
Quanto mais escondo a verdade, mais ela me consome.
Se você ao homem e mulher se limitar,
não perceberá que há outras formas de amar.
Mãe, o meu amor é tão verdadeiro
composto ao corpo de desejo
e amor ao espírito dele por inteiro.
Se acredita no amor universal,
não me diria que ser homossexual é anormal.
Eu me escondia pelo medo
do que diria ao meu respeito.
Foi um momento terrível,
pois você disse: "´E. Não tem o que fazer com isso".
A homossexualidade não é um pecado.
Pecado é o ódio a quem está apaixonado.
Muitos homofóbicos mostram seu preconceito sem perceber
dizendo: "Infelizmente, não há o que fazer com você."
Não há cura, pois não é doença
como muita gente pensa.
´E um amor de espírito a espírito
com discernimento, zelo e carinho.
´E um problema do amor
se manifestar de várias formas sem pudor?
Jesus disse: "Ame o próximo..."
e "Perdoe. Eles não sabem o que fazem" com tanto ódio...
Mamãe, esta carta é para você
ouvir minha voz, entender meu viver
e saber que ficaria feliz com o seu abraço
por poder me oferecer outra forma de amor que também sou grato.
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