Olha, vê se algo não podes fazer!?
Vê, o tamanho deste meu sofrer
Sofre, também como eu as agruras da dor.
Dói em ti, que eu morra tão só?
Socorre-me, ainda que eu me vá,
Mas não vá dizendo que não me vistes chorar.
Chora, mas não de alegria,
Pois me vistes, neste eterno penar!
Peno, tremo, correndo, me escondo
Na esperança do meu medo passar,
Passo, arrastando minhas correntes
Em meio a rangir de dentes.
Espumo, e aos vermes esconjuro,
Pois deles não hei de escapar,
Ei-la:a morte, que comigo de diverte,
Dizendo-me: não podes mais ficar..
Bem verdade, há muito aqui não era meu lugar
Mas vou agora para o que a mim compete.
Espero nele, jamais te encontrar.
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