No reino de trigésimo oitavo, assim chamado em homenagem às moças da região, que em sua totalidade calçavam trinta e oito, o príncipe promoveu um grande evento. Um baile, para que dentre as moças ali presentes, escolhesse sua esposa.
Durante o baile inteiro dançara com uma jovem, a qual ouvindo o relógio badalar no horário da meia-noite, saiu apressada, deixando como registro de sua presença, um par de sua sandália rasteirinha , que para surpresa do príncipe, era de número trinta e quatro.
Sua alteza, aconselhado a procurar nos registros das lojas, o número do registro de única rasteirinha trinta e quatro vendida ás vésperas do baile, ouvira consternado de todos os gerentes "que necessidade temos de vender um modelo como esse, ainda mais de numeração trinta e quatro?"
Sendo obrigado a se casar com outra moça, pois aquela certamente era seria tida como estrangeira, uma pessoa indigna de visibilidade, dado aos padrões daquele lugar. E também porque àquela altura, a moça já haveria de ter se mudado. O jovem príncipe prometera a si mesmo que seu governo não seria omisso como aqueles comerciantes.
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