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A jornada pela chave
Alice Silva

Enfrentando a noite que caía,
Numa jornada de início solitária
A aboboda celeste 'inda não estrelada
A saga de um combate acompanhara.

Não se tinha nem bagagem nem comida
Para aqueles que quiserem prosseguir
Na subida rumo à terra prometida,
Cuja estrada lhes dizia não ter fim.

Ó céus, porque um feito tão senil
Indagam o júri da plateia
Já convictos de um trágico final
Como um romance entre um nobre e uma plebeia.

No aterro de uma estrada tão deserta
O próprio pensamento era o que se escutava.
Gemidos de socorro eram a prece mais certa,
Ao envés da deserção que se esperava.

O frio se fizera confidente
Da saudade do aconchego de um lar.
Já dispersos quanto ao rumo do presente,
Na bondade de estranhos decidiram confiar.

Ó terra nunca próxima
E poeira tão densa para respirar!
No bater na única casa que havia, viram
A esperança da chegada se reavivar.


O agasalho recebido contentara,
Mas, a fome, as entranhas devorava
Mesmo chegando ao lugar que aguardava
Os pés ansiosos que outrora os explorara.

O lugar agora oferecia resistência,
Ninguém, nos visitantes, queria confiar,
E quando por impostores foram tomados
Se embrenhado nas trilhas do lugar.

Mata, pedras e cercas
Poderiam lhes derrotar,
Além do escuro, pois não tinham lamparinas.
Só as estrelas o quiseram regalar.

A gruta outrora visitada avistaram
E os dois entraram e ali desenterraram
A chave que vieram procurar
Para o baú de uma herança desfrutar.

Pois até então não tinham sorte,
Nem a suas casas chamavam de lar.
A descoberta feita, honraria possível morte:
Somente deixando o lar puderam lhe amar.





Biografia:
Alice Silva, 21 anos, cantar, ler e escrever, são como respirar.
Número de vezes que este texto foi lido: 63936


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