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O meu melhor amigo é o meu amor
Jhad Belarmino

Resumo:
PRÓLOGO Esta história é um diálogo entre Larry e Alana. Amigos a muito tempo, mas que evoluirão nesta condição SE Alana perceber o joguinho de Larry, que faz até uma encenação com ela provocando ciúmes e confirmando seu amor por ele. Um sentimento mútuo, bonito, e leve. Assim como esta curta história. Pode considerar clichê também . Não tem problema. Um conto divertido, feito de diálogos. Curto e bem fofo. Então venha conhecer este início de romance entre Larry e Alana vem?

CAPÍTULO I
Larry e Alana andavam vagarosamente pelas ruas, contemplando um final de tarde lindo, com folhas secas caídas pelo chão e um vento suave que fazia Alana sempre tirar os fios de cabelo de seu rosto.
Larry estava ansioso para falar com ela. Finalmente tomaria coragem. E passou praticamente toda a semana treinando em como contaria à Alana o que sentia por ela.
Ambos com 16 anos, estudavam juntos na mesma sala e se conheciam deste quando ainda nem falavam, podemos assim dizer. Seus pais, melhores amigos também desde a infância, eram vizinhos e adoravam a amizade entre eles. Puderam acompanhar desde sempre, conhecia a índole deles. Sabia tudo um sobre o outro. Vinha de família. Uma família formada de grandes e inseparáveis amigos.
Iam pelo caminho, falando da aula, dos outros colegas, das folhas secas que caíam em suas cabeças, enfim, assuntos frívolos, sem nexo. Comuns.
Chegaram à praça que ficava perto da escola. Ponto de encontro de todos os alunos.
Ali tinha pista de skate, ciclovia, muitas barraquinhas de lanches, um lugar agradabilíssimo para todas as idades.
" -Preciso falar com você Alana. Estou precisando à um tempo desabafar e acho que só você poderá me ajudar"- Larry começou com um ar sério. Só para assustar a pobre menina que em toda sua infinita ingenuidade jamais perceberia as verdadeiras intenções de Larry por trás de toda aquela encenação.
"-Tudo bem Larry. Estou aqui. Pode falar. Sabe que sempre pode contar comigo."
"-Vou ser direto"- Larry respirou fundo- Eu estou...Sofrendo por uma coisa."
"-Como assim? Você está doente?"- Alana falou já com lágrimas nos olhos, achando que fosse caso de doença.
"-Antes fosse! Pelo menos saberia que poderia haver uma cura. Eu estou sofrendo por amor. Parece ridículo falando assim, mas é verdade."
Alana não conseguia disfarçar a tristeza. Seu olhar perdeu até o brilho. Já não era de pouco tempo que vinha nutrindo um sentimento por Larry. Exatamente por serem tão amigos, ele a conhecia em tudo. Sabia tudo sobre ela. Confiava nele de olhos fechados. E ao ouvir isso sentiu suas esperanças morrerem. Mas fez o possível para não transpassar isso à ele e continuou se mostrando interessada- porque realmente estava- em saber quem era a ladra do coração de seu melhor amigo. E de seu amor.
" -Sofrendo por amor eim..."
"-O que foi? Porque esta cara? Eu quem sofro por amor e é você quem fica triste?"
Larry ria por dentro. Não queria ser cruel com ela, mas não podia negar que este jogo estava saindo melhor do que o planejado.
"-Não estou triste com nada.! Eu só achei estranho já que você nunca deu nenhum sinal de que gostava de alguém."
"-Bom... Se você quiser eu não conto mais nada então."
"-Não! Por favor. Não precisa fazer drama. Me conte como a conheceu."
"-Bom... Já tem um tempo..."
"- À quanto tempo estamos nos referindo?"
"-À muito, muito tempo!"
"-E porque só me contou isso agora?"- Alana mostrava um pouco de decepção. Não. Chateação. Não podia acreditar que ele lhe escondera isso por tanto tempo e só agora a contava. Significava que ele não confiava tanto nela como ela nele. E isso a chateou ainda mais. Se sentiu traída, percebeu que a amizade deles não era assim tão cheia de atitudes e ações ambíguas.
"-Não sei ao certo Alana! Falta de coragem, não sei! Sabe que nunca fui muito de expressar meus sentimentos."
"-Falta de coragem Larry? Eu sou sua melhor amiga. Você não confia em mim?"
"-É por isso que estou te contando agora. Eu não sabia como falar isso. Só isso!"
"-Ok . Tudo bem. Voltando ao assunto: Me fala dela."
"-Ah! Ela é linda, inteligente, compreensiva. Quando estou com ela, tudo muda em mim e ao meu redor tudo fica mais bonito sabe? É quase mágico!"
Isso foi uma punhalada no coração de Alana, mais ela aguentou firme e tentou demonstrar o máximo de normalidade e continuar naquela torturante conversa com Larry.
"-Pelo jeito é uma garota realmente muito especial..."
"-Ah!Ela é sim. E estou apaixonado por ela. "
"-Então diga à ela o que está sentindo."
"- Não... Eu tenho medo que ela não sinta o mesmo por mim."
"-Você jamais saberá se não tentar. Por acaso tem algum empecilho?"
"-Sim. A amizade. Ficamos muito amigos nos últimos tempos e tenho medo de estragar tudo caso ela diga que não gosta de mim do mesmo jeito que gosto dela."
"-E vale a pena terminar a amizade para correr este risco?"
Alana sabia que ao dizer isso seria um tremendo egoísmo de sua parte, mas antes de qualquer sentimento de amor que ela sentia por ele, ele era seu melhor amigo, então seja como for, ela o queria ver feliz. Mesmo que não fosse com ela.
"-Eu não sei, mas tudo o que quero agora é tê-la comigo."
"-Bom... Se é assim... Lute por ela. Conte à ela a verdade. Seja sincero e declare-se de uma vez!"
Isso doeu fundo em sua alma, mas sabia que o desejo de vê-lo feliz era verdade. Era isso que queria para ele.
"-E se eu não conseguir? Se ela disser não e eu acabar destruindo a amizade com ela também? Aí não terei nem o amor dela, e nem a amizade."
"-E se ela não disser não? Cara, na verdade ela seria muito idiota se não aceitasse. Você é um garoto incrível.!"
Aquilo saiu sem que ela percebesse e enrubesceu com seu próprio comentário. Não deveria ter dito isso. Pelo menos não em voz alta.
CAPÍTULO II
Larry simplesmente adorou esse pequeno deslize de Alana. Ao menos sabia que no fundo ela sentia o mesmo por ele. Escondia muito bem e sabia que fazia isso em nome da amizade deles. Mas quando ele se deu conta de que a via muito além de uma simples amiga, ele não queria conter, nem esconder. Ele queria era viver isso. Expor seus sentimentos. Era um amor verdadeiro, leve, que já começaria sem segredos, sem mistérios.
O dia não poderia ser mais perfeito. Aquela tardezinha de outono, com um cenário que esbanjava folhas secas, um vento suave, bem outonal, com um céu alaranjado quase como se tivesse sido pintado à mão. Ele queria que aquele dia ficasse registrado na memória de ambos. Queria poder lembrar destes detalhes.
"- Por favor Alana, deixa eu treinar com você a forma que quero falar com ela? Como somos amigos sei que não será estranho."
"- Treinar? Não, não. Isso é loucura.Não tem necessidade disso Larry. Tenho certeza que você saberá o que dizer quando encontrá-la."
"- Por favooooooR"
Larry fez aquele olhar. Aquele olhar que a derretia toda por dentro. Aquele olhar que ficava em sua mente sempre antes de dormir. E um biquinho de pidão. Que deixava toda aquela obra ainda mais linda.
"-Ok . Tudo bem! Tudo bem! Não precisa exagerar!"
"-E sem querer abusar mais já abusando posso pedir uma outra coisa também?"
"-E o que seria?"
"-Preciso que olhe nos meus olhos e me dê sua mão. Eu quero que ela sinta cada palavra que eu disser. preciso ver a reação dela em cada frase dita."
Aquela situação já estava começando a se tornar um pesadelo para ela. Tanto que ela quis que aquilo realmente acontecesse, mas para ela. Ela faria tudo aquilo com prazer a alegria e claro que diria sim à ele. Diria mil vezes sim se fosse necessário.
"-Nossa! Você quer mesmo impressioná-la em. Tudo bem, faça logo isso antes que as pessoas à nossa volta nos vejam pagando este mico."
Larry pegou em suas mãos e acariciou com as pontas de seus dedos. Logo após, olhou bem no fundo de seus olhos e sentia que Alana tremia por dentro, mas se continha ao extremo para que não deixasse transpassar seus sentimentos e em como aquela situação mexia com ela. No fundo de seu coração ele estava a cada vez mais adorando aquilo e a cada vez mais, se apaixonando mais e mais por ela. Ela não precisava ensaiar nada. Sabia perfeitamente bem o que diria à ela. Ele só abriria seu coração e deixaria as palavras que a tanto tempo guardara dentro de si, irem ao encontro dela e as abraçasse fortemente.
"-Bom, ultimamente eu tenho procurado a melhor maneira de lhe dizer o que sinto por você. E acredito que no fundo você também saiba que isso já passou de ser só uma mera amizade. Eu já ando com esta frase atravessada na garganta, com um medo enorme de você ouví-la e aos poucos ir se afastando de mim. Mais uma coisa que aprendi com você foi a demonstrar o que sentimos. E o que eu quero demonstrar a você é que eu te amo. E quero que aceite namorar comigo. Sei que ficamos bem mais próximos no decorrer destes anos e sei também que você sente algo por mim. Pode até não ser amor mais é algo forte. Vamos tentar fazer dar certo entre nós? Sermos mais que amigos? Aceita namorar com este louco apaixonado que está aqui na sua frente se declarando á você."
Seu coração estava leve, muito leve, mais também com um leve receio que ela não fosse aceitar. Sabia que a amizade deles tinha um peso enorme e devido á isso ele não poderia prever se ela aceitaria arriscar o que tinham por algo que poderiam vir a ter.
Já Alana estava com a garganta seca, o coração como se fosse saltar pela boca, suas mãos estavam gélidas e suadas. E só depois que percebeu que ele a olhava intrigado, ela retirou as suas mãos das dele e as secou na barra de sua saia. Tentando camuflar o quanto aquelas palavras mexeram com ela, ela se recompôs e numa forma divertida disse:
" -Uau! Estou impressionada!De verdade. Foi a coisa mais linda que já ouvi.Se ela já não for apaixonada por você, com certeza passará a ser."
Agora chegara o momento de acabar com toda aquela encenação. E Larry foi direto ao perguntar:
" -Então o que você responderia? Aceitaria namorar comigo?"
"-Se um outro alguém dissesse exatamente as mesmas palavras talvez não fosse tão convincente quanto você."
"-Não respondeu a minha pergunta. Você aceitaria namorar comigo?"
" -Se eu fosse ela sem dúvidas que aceitaria. Deus teria me dado um grande presente ter um cara que se declara desse jeito pra mim. Mas não precisa se preocupar, tenho certeza que a resposta dela será sim. "
"- A é? Então. Deus está te dando este presente agora Alana."
"-Como assim? Deixa de bobagem Larry"
" -Você realmente não percebeu não é? "
Ele ria docemente da ingenuidade de Alana. E a achava linda por isso.
"-Entender o que garoto? Do que você está falando? Está me deixando confusa!"
Larry respirou fundo novamente e soltou uma risada muito gostosa, que fez com que Alana sorrisse junto sem ainda ter percebido do que se tratava.
"-Alana, a pessoa por que eu estou apaixonado, a pessoa pra quem estou pedindo humildemente em namoro é você.!"
CAPÍTULO III
Alana estava totalmente sem fôlego. Ainda boquiaberta com a encenação que Larry inventara ela não conseguia acreditar no que acabara de lhe acontecer.
As palavras que ele dissera, a forma que ele olhava em seus olhos e segurava suas mãos. O seu sorriso, tudo aquilo que ela sempre sonhara, tudo o que ela mais queria, estava realmente acontecendo. Era real. E ela tinha mesmo que dar-lhe uma resposta.
"- Alana, é você de quem eu gosto. A amiga por que à muito tempo eu sou apaixonado. Então, você não me respondeu. Você aceita namorar comigo?"
"- Eu... eu... Eu não... Não sei o que... Dizer Larry. "
"- Diz que sim. Diz que aceita . Diz que me ama.
Alana o olhava ainda ali em sua frente dono de um sorriso doce e cativante, aguardando sua resposta. E seus olhos se encheram de lágrimas. Claro que eram lágrimas de felicidade.Estava extasiada com tudo aquilo. Então ela lhe abriu um sorriso e acariciando seu rosto lhe dera a tão esperada resposta:
"-Mais é claro que eu aceito . É claro que eu te amo. Óh Lary... Eu também sempre amei você."
"-No fundo eu sabia. Não era só em nome da amizade que você fazia aquele bolo de cenoura com calda de chocolate maravilhoso. Só podia mesmo me amar.
Os dois riram e Alana deu um tapa no ombro dele. Ao fazer isso, Larry segurou sua mão não a deixando retirar de seus ombros e fez com que ela se aproximasse mais para perto dele para que pudesse dar-lhe um beijo.
"-Precisamos oficializar o namoro não é?"
" É. Precisamos sim."
Voltaram a se beijar e desta vez um beijo mais demorado, suave, um beijo que aguardou muito tempo. Se abraçaram e ficaram ali sentados no banco daquela magestosa pracinha de mãos dadas. Alguns conhecidos da escola passavam e os viam de mãos dadas, alguns com expressão de espanto, outros com um sorriso complacente. Talvez muitos já tivessem percebido o que eles demoraram a assumir. Mais tudo acontece no momento certo. E com aquele céu alaranjado , aquelas folhas secas que dançavam pelo chão ,e aquela brisa suave com certeza foi exclusivamente para aquele dia. O dia em que dois amigos abriram seus corações. E deixaram o amor fazer morada ao lado da amizade que já existia. Alana segurou as mãos de Larry rente ao seu peito e dando-lhe um selinho lhe perguntou:
" Que tal irmos para casa e comermos um bolo de chocolate com calda de chocolate do jeito que você gosta? Não vejo outra coisa mais perfeita para o dia de hoje."
Larry sorriu e passando seus braços em torno dos ombros de Alana, começaram a caminhar vagarosamente à caminho de casa, aproveitando o dia, e curtindo aquele momento e Larry falou a puxando ainda mais para perto de si:
"- Meu amor... tirou as palavras da minha boca!


Biografia:
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Contos O meu melhor amigo é o meu amor Jhad Belarmino


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