"Quem avisa é amigo!"
"Ocasião faz o ladrão."
Criminoso sem castigo
jamais aprende a lição.
De tanto enganar o pobre
e extorquir o que era seu
sua plantação no alfobre
sem vigor esmaeceu.
Não quero segunda mão
de farsante saltimbanco,
nem dedo de charlatão
a indicar qual o flanco.
Na lenda, o santo guerreiro
vence os moinhos de vento,
sem temer nenhum vespeiro,
nem arrebol agourento.
"Quem aos porcos se mistura",
no chiqueiro não encontra
remédio, nem cura.
"A veste não faz o monge,"
e malandro eu conheço
de perto e de longe.
"Quem nunca comeu melado,
quando come se lambuza,"
por ele fica marcado:
o próprio melado o acusa.
Não seja precipitado,
nem julgue pela aparência,
para escolher o melhor lado
analise cada evidência.
Diz bem o velho ditado,
concordo e também digo:
"Pra quem faz tudo errado
à cavalo vem o castigo.
Assim diz o matuto:
"Quem pranta cói!"
O sistema é bruto,
"chumbo trocado num dói!"
Quem acende vela pro santo
e outra vela pro capeta,
não demora vai ficar no canto
"pagando pau pela mutreta."
"Não como gato por lebre,"
por mim não passa batido,
antes que o vidro se quebre
sei quem está por detrás do vidro.
Quem muito cochila, dorme,
sonha que vai, mas não vai,
o ditado vem conforme:
"Cochilou, cachimbo cai!"
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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