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Cedo, antes do mundo começar,
o amor bocejou e riu ao silêncio que ria,
conversas sem palavras riam de versos,
o mundo, ainda antes de ser bebê,
juntava sinapses do criador...
O amor, ainda a rir ao silêncio e ele ao amor,
viu o mundo dar os primeiros passos
rumo à água e ao barro,
ajudou-o a não tropeçar em pensamentos,
ambos, o mundo e o amor,
se deram as mãos
e estava iniciada
a vida como a conhecemos...
Ao nascer, o sol, sim, ele mesmo,
abriu a boca e mostrou os dentes amarelos,
coloriu rios e pescadores à margem,
silenciosamente tingiu as borboletas,
deu cambalhotas no ar
e deu à lua seu primeiro batom...
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