Não importa quão longe eu vá,
minh'alma sempre estará no mesmo lugar;
não importa quanto eu chore,
há sempre uma lágrima a se derramar...
Fiz curvas, desci ladeiras, escorreguei,
fui pedra rolante, raio em chuva gelada,
não houve um dia em que não pensei
que diante dos pés só havia estradas...
Viajei em cartas a lugares distantes,
por telefone já estive longe de mim;
amar te obriga a viagens constantes,
sempre outro começo, nunca o fim...
Não importa quantos passos eu dê,
nem quantos ainda dar poderia;
o maior deles é querer escrever
a interminável e viva poesia...
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