Carta ao Portador
Venho por meio dessa carta, expressa tudo que venho sentindo, um mescla de raiva, tristeza, amargura, insegurança, duvidas e outras coisas a mais.
De uns dias pra cá, venho me irritando, digamos que fácil demais, ora com minha genitora, ora com a donzela, que mais tarde saberão quem é, ora com companheiros de trabalho, o instigante, é que não sei de onde vem essa gama de sentimentos, que consome meu eu, estranho né?
Pode parecer sim, mas mesmo não sabendo de onde veem, eu os sinto, e quando já não cabe mais em mim, aponto a metralhadoras para inocentes, e descarrego toda a munição, e quem está no paredão de fuzilamento, na realidade está ali só pra me dar sentimentos contrários do que venho sentindo, sentimentos que na realidade deveria dá-los em dobro, triplo ... .
O bom é que nos dias atuais, esses sentimentos diminuíram, estão se extinguindo, se exalando pelo ar, evaporando, algo do tipo, muito melhor viver assim, sem um peso no coração, sem está com a respiração ofegante, por nem conseguir ouvir uma voz, já se sentiram assim? Sim, então me entendem, não? É complicado, ter uma paciência de jó, pra ouvir e ajudar aqueles que veem ate mim, porque precisam, e são obrigados a se submeter aos meu devaneios, sem uma base de o porque disso tudo, estranho né? É eu sei já disse isso aqui outra vez, mas é que para minha pessoa, tanto a que se consome em sentimentos diferente, tanto a que se deleita em sentimentos bons, essa duvida sempre é gerados entre os dois eu.
Talvez tenha sido isso a causa de minha indisposição nessa semana ( ontem ),enjoou, com tanta raiva, que chegou a revirar meu estomago, como nos dias acordados após a boemia, com o musculo pensante solto em minha cabeça, como se não houvesse mais ligação entre ele e o resto do corpo, um ser autônomo, ou simplesmente foi um lanche com ingredientes não tão confiáveis como eu. Andei explanando para alguém de minha confiança, que convive comigo quase todos os dias de um ano, por aproximadamente nove horas ou mais por cada dia, um companheiro de trabalho, Sr. Estressildo, que por muitas das vezes saio de meu lar, que é um lugar que adoro muito, diga-se de passagem, praticamente como se fosse para à forca, exagero de minha parte? Como me falou uma linda donzela, chamada A. Rocha, que também é dona de meu coração, um dia, Talvez sim, talvez não, vai de cada condenado.
Ah o emprego que tenho, com diz o ditado, a grama do vizinho é sempre mais verde, eu, como qualquer ser humano na face da terra, nunca estou satisfeito com nada, absolutamente nada, agradece? Agradece sim pelo o que tem, na sua devida crença, mas satisfeito é uma sensação quase impossível, de se ter a certeza que chegou. Voltando ao trabalho, meu chefe, meu grande, amado e odiado ao mesmo tempo, chefe, não que ele seja uma pessoa má, longe disso, e pelo contrario, mas acho que o problema está na aura, na alma, no passado, nas entranhas, sei lá.
Já tinha falado sobre uma donzela aqui antes, pois é, uma linda senhorita, que rezo, clamo aos céus que um dia seja minha senhora, a senhora A. Rocha dos Santos. Uma senhorita que chamou a atenção não só dos meu olhos, mas de um coração que bate aqui dentro, confesso que no inicio, o sentimento existia, mas as duras circunstancias da vida, fizeram com que ela fosse pra um lugar distante, os flertes nos finais de tarde, os encontros as escondidas, acompanhado de medo, vergonha e vontade, humm, tempo bom, se soubesse congelaria aquele momento, pra não passar o que vem depois, faltou-me sabedoria, ah sim, faltou. Vou mostrar a vocês o que chamou atenção, não foi só aquela pele linda, macia e cheirosa, não, ou o perfume que exalava a cada passo que dava, talvez, o jeito tímido e acanhado, de quem se esconde atrás de um sorriso e um jeito todo seu, todo peculiar de ser? Ajudou também, confesso, ai aquelas bochechas rosadas, que parecem pele de quem veio ao mundo recentemente, ah, Srta. A. Rocha, que m encantou, e me encanta ate hoje.(em meios a suspiros, que remete ao sentimento mais forte que há, com uma saudade que chega a doer, mas só no momento, porque sei que a encontrarei em breve).
Em falar em sentimento bom, sentimento forte, falarei de uma guerreira, que por muitas vezes é o inocente que coloco no paredão de fuzilamento, minha amada mãe, D. C. Ribeiro, isso me entristece, muito, mas logo passa, porque tenho a graça e a sorte, de poder ainda consertar, logo em seguida, lembro-me de todas as fases de minha jornada na terra, e ela do meu lado, sem demonstrar cansaço, mas eu sei que ela cansava. Hoje me tornei um pouco do que vivi, dores, alegrias, sustos, aprendizados de experiências vividas, e experiências relatadas, coisas que aconteciam, e as que eram impedidas pelo medo.
Zé Santos
Em algum lugar da América Latina.
Nos dias que vivi.
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