No balanço,
a brisa no meu cabelo
me remete ao tempo
em que eu criava um futuro ao seu lado
com planos grisalhos e desenfreados.
Nós musicávamos a vida.
Era uma nova melodia
a cada dia.
No balanço,
a brisa no meu cabelo,
através de um fracassado experimento,
as memórias tenta levar embora
para eu me ocupar com outra história.
No mesmo balanço,
é a mesma melodia e melancolia
todo o dia.
Você é meu sonho e meu plano!
Você é o balanço da minha vida, que amo!
Você não sai de dentro de mim!
Você é a brisa suave assim!
A brisa me acaricia como as doces palavras, que me falava.
A brisa me enlouquece como as perdidas carícias, que me dava.
Me envolvo com outros balanços do amor
para assim, ver se tenho algum descanso da dor...
Mas, é tudo em vão, pois ainda te amo com fervor!
Por isso, eu percebo
que o "problema" não é apenas a brisa nem o balanço;
é sim, o fixo sentimento
de um insensato e superável desejo
de voltar ao passado,
de retomar àquilo que era um hábito
e de não aceitar uma nova vida sem estar ao seu lado...
A verdade é que está no meu poder ter um descanso
sendo o meu próprio balanço.
Eu devo balançar e musicar a minha vida
compondo a minha própria melodia!
Não precisar de alguém que na vida me empurre
é importante para que a dependência não me sugue.
Eu devo me bastar
para a brisa me acariciar
quando eu amorosamente me balançar
livremente sem pesar
por eu simplesmente me amar...
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