Duas meninas iam para a escola
Uma com uma mochila a outra; com outra mochila
Elas andavam em redundância
E conversavam sobre mochilas,
Na matriz da mata seca
Passavam pela capela
Pelo rio grande
Pela taberna de rosa
Pelo campinho de futebol
Pelos 20 anos de sua vida
Uma gota de suor descia da testa de uma
Uma gota descia de testa de outra
Mulher nem percebe!
A comida fria, agora provia a nutrição do dia
Nesse tempo lembro-me de ter caído do pau de arara
E ser ajudado sem maldade
Às seis horas da manhã,
As meninas nem ligavam,
Suas casas ficavam perto da escola,
A escola agora virava num bicho de foice,
A redundância as deixara
O mundo real era reto e pálido
Quente e endiabrado.
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