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O Antônimo de Antônio
André Claro

Eu não estou triste, juro,
Mas me irrita o barulho.
Não estou triste, Júlia,
Se bem que nada me felicite,
Um punhado de conversa,
Ou mesmo um dedo de prosa,
Realmente se tornou muito difícil.
Não estou triste, não muito,
Só que não quero sair,
Não gosto mais de trabalhar,
Prefiro dormir.
Ou será que sim?
Estou triste pra burro?
Talvez eu deva aceitar
Que o cinza me rendeu,
Meu vigor encolheu
E que é preciso caminhar.
Não para qualquer lugar
Como era antes,
Preciso seguir adiante,
Agora, de mãos dadas
Não apenas com o meu nome,
Que nunca deixará de ser Antônio,
Sim, tal como, para saber quem sou
E não como um nômade.
Preciso disso,
Não do homônimo,
Para vencer a ruína,
Ser ao menos sereno
E fazer o enterro
Dessa tristeza indigente,
Ser, aos poucos,
O antônimo de mim mesmo.



Biografia:
Por um período, entre 1999 e 2001, fui repórter, não antes de ser escritor. Foi, pois, publicando um velho conto — no primeiro jornal no qual trabalharia — que me tornei repórter. Julguei que pagaria pela publicação, mas, além de não a pagar, ela simplesmente me valeu um emprego! A despeito disso, produzi pouco ao longo de vinte e tantos anos como escritor e dramaturgo. Em 1999, publiquei uma novela, que tem como cenário o Capão Redondo, Amargo Capão (Um Dia no Tráfico). Só então em 2006, voltaria a publicar, estrearia no conto com Absurdos, Delírios e Ilusões (Litteris Editora). Da mesma forma, escrevi alguns roteiros de curtas e alguns textos para o teatro, ocasião em que colaborei escrevendo e atuando numa paródia Shakespeariana: Queijo e Goiabada (Romeu e Julieta). Posteriormente, enclausurei-me, fiquei restrito a fazer bicos. Ler e escrever poesias, contos – esboçar romances. O Homem Sem Desejos, foi o único desses esboços a ser lançado, em 2016, então pelo Clube de Autores. Agora, igualmente, algumas daquelas poesias vão sendo divulgadas. Paralelamente, vou concluindo a faculdade de psicologia.
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