A ADÚLTERA
Mas que seja um segredo! A ti me entrego...
Para ser tua como jamais fora
De qualquer homem antes vida afora.
E, ao desfrutarmos íntimo aconchego,
Mais e mais, Amor, eu de ti me achego:
Uma fêmea tão-só, não mais Senhora!...
Feliz contigo, ao menos por uma hora...
Porém, se me inquirirem, tudo nego:
"Nunca te vi ou ouvi de ti falar.
Sou tão casta e só quanto as sós vestais...
Amores? Não os tive alheios jamais!"
E não me julgues mal. Só quero amar.
Somente Deus conhece a minha dor!
-- "Atira-me a primeira pedra, Amor..."
Betim - 20 05 2011
|